domingo, maio 01, 2011

Ernesto Sabato levou 99 anos para morrer. E nesse tempo todo não li uma linha escrita por ele. No máximo, o livro "Borges - Sabato. Diálogos", uma conversa entre os dois. Por ocasião do falecimento do segundo, peguei a publicação agora, para ver se havia something to quote. Há várias páginas marcadas com orelhas e uns tantos sublinhados. Mas apenas unzinho com palavras do Sabato. E só porque o papo era jornais.

"A notícia cotidiana , em geral, é levada pelo vento. O mais novo que há é o jornal, e o mais velho, no dia seguinte. (...) Seria melhor publicar um periódico por ano, ou a cada século. Ou quando acontece alguma coisa importante: "O Senhor Cristóvão Colombo acaba de descobrir a América". Título em letras garrafais."

E só. Em 170 páginas. Donde eu posso concluir, dirigindo-me à amiga Cris Lisboa: se tivesse de convidar um dos dois pra um churrasco, chamava Borges, e não Sabato.