"Não leio blogs; só o do Tião, porque é relevante", Filipe Maia, jornalista. "Às vezes o Tião escreve direitinho", Daniel Gallas, presidente. "Não gostar do Tião é uma falha de carácter", Rodrigo Müzell, jornalista. Sebastião Ribeiro é jornalista e mora em Porto Alegre. Leva uma vida pacata com a mulher e dois filhos em um apê no alto Rio Branco. A propósito, teu cu de bobes.
segunda-feira, março 15, 2004
Ano passado, saiu aquela pesquisa apontando que a Justiça era uma das instituições mais desacreditadas do país. Pudera ! Qualquer jornalista sabe que não há nada mais hermético do que um tribunal. Conseguir qualquer informação, com raras exceções, é um parto; conversar com um juiz, impossível. Semana retrasada, deu aquele rolo de um processo - cujo réu era um empresário do Bingo - que sumiu na justiça federal (óbvio que a informação partiu da polícia e não do judiciário). O Humberto Trezzi, da Zero Hora, no comando, e outros repórteres cansaram de ligar pro Tribunal e escutar que o processo corria em segredo de justiça e que por isso ninguém falaria. E se cansaram de alegar que o que corria em segredo era o roubado e não o que tratava do roubo em si; só o que se queria era alguma informação, uma confirmação que fosse, sobre o desaparecimento. Não adiantou, tiveram, os jornalistas, que "invadir" o prédio do tribunal, para ouvir uma explicação porca. Todo o processo da justiça no Brasil é kafkiano (óbvio, Sebastião, que O Processo é kafkiano). Só o mundo jurídico tem acesso a ele. Aliás, eu tive certeza disso na cadeira de Processo Civil, a gota d´água para eu dar um tempo na faculdade de Direito.
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