segunda-feira, julho 12, 2004

Não exixte fazer regime sem passar fome. O resto é blá-blá-blá "nutricionético". Ninguém emagrece sem sofrer. Não há dieta que não implique em renúncia. Ninguém perde peso sem pagar o preço. Como bem alertou a Tica, isso não existe. É mentira, pode esbofetear a sua amiga que disse não ter feito nada para perder 10 quilos. Analisemos uma dieta padrão. No café-da-manhã, uma fatia de pão com queijo ou geléia, uma xícara de café com leite e um pedaço de fruta. Ora, se eu como pão com queijo, me dá vontade de comer depois com geléia, se eu como com geléia, sinto falta do queijo, se eu como metade de cada jeito, dá duas mordidas pro doce e duas pro salgado; quando a coisa fica boa, pum !, terminou, e ficou só a coceirinha no estômago. E ninguém é ingênuo para pensar que será um kiwi que irá retirá-la. Isso sem falar que o café com leite só vai acirrar a fome. Muito bem, aí, o profissional vai receitar-lhe um lanche da manhã (eles inventaram que isso é bom): uma fruta. Desde quando fruta é lanche ? E desde quando a gente consegue comer "uma" fruta. Digamos que você parou na sinaleira e comprou bergamota. Pra começar, você comprou "dois" sacos (porque um é dois, dois é três), ou seja, 16 unidades. Com tudo isso no banco do lado, só na cabeça do nutricionista que você vai descascar "uma" fruta, sentir o gostinho doce e gelado na boca e não vai querer abrir outra e outra e outra. No almoço, receitar-lhe-ão um bife, salada à vontade e uma colher de cereal. Ou seja, se você quiser comer arroz e feijão, tem de comer meia colher de arroz e meia colher de feijão. Calcule: apenas uma, a cada cinco garfadas de bife, poderá ser acompanhada do arroz com feijão. As outras quatro terão de ser no seco. Salada é à vontade, mas, você sabe, quanto mais alface você botar pra dentro, mais comida de verdade você vai querer ingerir. Olha, já estou me irritando com este papo. Não adianta sofrer por antecipação. Vou lá comer um negrinho.

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