Sexta à noite comi um rodízio no árabe (minha mãe sempre disse: não come quibe cru no Baalbek); sábado à tarde sanduíches relativamente bem acondicionados no Paraíso; sábado à noite muita caipira, muito churrasco e muita cerveja. Domingo, enquanto meus amigos pegavam uma prainha, passei o dia na cama de ressaca, uma dor de barriga e disfunção intestinal.
Acordei-me hoje aparentemente sem problemas nos intestinos, mas meu corpo, depois já de 30 horas na cama, dizia: tens de dormir, tens de dormir, tens de dormir. A Rafaela vive criticando que, quando eu estou passando mal, sempre ameaço não ir trabalhar, mas termino na Zero Hora. Para quebrar essa sina, resolvi que desta vez ficaria em casa e dane-se o serviço.
Ocorre que, quando saí da cama, 35 horas depois de entrar nela, bateu uma certa culpa. Será que eu não estava apenas fazendo manha? Não seria só depressão pós-ressaca? E o trabalho lá, parado? E até há pouco sofria com tudo isso.
Foi então que aconteceu uma coisa horrível, que no entanto me aliviou a culpa. Um sinal inconteste de que minha barriga não está trabalhando como deveria, de que qualquer saída para a rua seria temerária, de que fiz bem em ficar em casa.
Claro que vou poupá-los de qualquer relato, amigos.
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