Sempre ouvi falar de Ri-Do-Rato. Foi por conta de um primo meu que, pequeno, na fazenda, teria passado um dedinho no veneno e depois na boca.
- Tu comeu, Bento?
- Comei...
- Mas como, Bento?
- Com garfo, faca...
- E tinha gosto de quê, Bento?
- De boi, de vaca...
Observem, tem até rima, o diálogo que se repete até hoje na família. Apesar de já ter ouvido mil vezes o nome, nunca tinha visto Ri-Do-Rato. E sempre achei que se tratava de Ridu Rato ou Ridorrato, coisa assim. Mas do jeito que é, acho que quer dizer que o rato morre e a gente fica rindo dele, né?
Sábado, vi pela primeira vez uma latinha de Ri--Do-Rato. Foi no armazém da Gorda, em Tramandaí. A Gorda é parenta do Bino, que também tem armazém, uma quadra depois, junto da caixa d´água. O do Bino é bem melhor, mais limpinho, o da Gorda anda meio relaxado, ela misturou a venda de secos e molhados com um atacado de ração para cachorro, de forma que ficou um ambiente meio sujo e com cheiro de ração e um monte de cães e gatos em volta. Ainda assim a gente vai na Gorda, porque é mais perto.
Mas, voltando ao Ri-Do-Rato, e ao que me levou a este post, cheio de tergiversações: a marca do veneno é um clássico do design! (Não tirei fotos, tentem procurar a imagem no Google)
Ah, sobre o Bento, parece que levaram-no ao hospital de Santiago, 80 quilômetros distante, onde se verificou que ele não ingeriu o veneno ou o fez em dose desconsiderável. Está muito bem, obrigado, o meu primo.
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