Carta que enviei às imobiliárias:
Eu tenho 27 anos. Minha mulher, 30. Moramos em um aconchegante apartamento no bairro Petrópolis. Só que o imóvel é alugado - desperdiçamos 850 reais por mês que poderiam estar sendo usados em uma prestação. É hora de termos a "tão sonhada casa própria", como dizia o Silvio Santos.
Começamos a busca há uns três meses. Só não compramos uma coberturinha bem bacana porque o banheiro era pequeno, mas a maioria dos apartamentos que visitamos não agradou. Entramos na Internet seguidamente. Mas é impossível monitorar as ofertas toda hora. Por isso, passamos nossos telefones para corretores, para que avisassem de novidades.
A emenda ficou pior que o soneto. O telefone da minha mulher não pára de tocar. Cada vez mais gente oferecendo mais apartamentos menos condizentes com a nossa demanda. A grande maioria dos profissionais segue aquele estereótipo antigo. São muito chatos, sempre forçam a barra com ofertas desinteressantes, e dizem que qualquer imóvel "é diferenciado", que não "há oferta igual no mercado", etc....
Fugindo disso, resolvi eu mesmo cuidar da busca. De uma forma diferente, que para mim já não tem nada de diferente e é pra lá de banal: por e-mail. Mandei alguns e-mails para imobiliárias, inclusive a sua, pedindo que algum corretor se dispusesse a ficar de olho nas ofertas, me repassando sugestões via Internet. Estou 90% do tempo conectado. Um e-mail vale mais do que uma conversa por telefone para mim. Para todos os meus amigos - a maioria publicitários e jornalistas também em idade de procurar o primeiro imóvel - as coisas são assim. Estamos em contato permanente pela rede e não é preciso uma ligação para confirmar o happy hour já acertado via web.
No entanto, não obtive retorno da sua imobiliária. A primeira resposta que veio ao e-mail foi "qual seu telefone?". Eu dei, pedi moderação nas ligações, e, após, nenhum corretor estabeleceu contato.
Portanto: será que vocês estão preparados para atender à minha geração? Isso é ao mesmo tempo uma sugestão e uma reclamação.
Grato pela atenção, Sebastião Ribeiro.
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