Não vi nenhum programa eleitoral no primeiro turno. Fiquei afastado da televisão e do rádio. No dia da apuração, entretanto, me grudei no rádio, na TV e na Internet - ao mesmo tempo. Desde então, acompanhar os passos dos candidatos tem sido uma obcessão (obscenidade?), um vício maligno. Começa o horário eleitoral e corro para a frente da televisão.
Enfim, voltei ao normal. A verdade é que sempre gostei de eleição e, cada vez que entro em crise profissional, me vem à cabeça trabalhar em marketing político. De forma que é sem dor que faço breves comentários sobre os programas da Yeda e do Olívio.
- A propaganda do Olívio dá de 20 a zero na da Yeda. Estes caras que fazem a campanha do PT são craques. E os da Yeda, pobres. Um exemplo, apenas: no dia da criança, o PT fez um videozinho bonitinho cheinho de criancinhas, enquanto a Yeda começou direto com o carão do Czamansky - nada contra, gosto muito dele, é um jornalista competente e, o mais importante, gente fina pacas - e começou a falar de coisas tão objetivas quanto saúde, educação e segurança.
- Aliás, incrível como os marketeiros da Yeda conseguiram abixalhar o Czamansky - aquele batom, aquela voz suave, sei não... Agora sério: incrível mesmo é como os marketeiros do Olívio conseguiram abixalhar o Olívio. Ele tá muito bem na TV. Ponderado, interpretando bem o texto, lendo o teleprompter feito Wiliam Boner e, impressionante, sem falar nenhuma vez espraiar, cidadania, integrado e integrador...
- A Yeda demorou para responder as acusações do PT sobre a privatização do Banrisul. Na verdade, subestima a capacidade da militância adversária de criar verdades. O marketing de guerrilha do PT, batendo sempre na mesma tecla, já derrubou o Britto duas vezes e é capaz de mexer com uma eleição. Tomem nota: o bigode vai crescer e pode até assustar. Só não se elege porque se desgastou muito quando foi governador e por causa do Lula.
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