sexta-feira, janeiro 18, 2008

Desde aquele filme do Woody Alen, ela sempre foi tudo pra mim. Uma verdadeira ídala (sic). Okey, sou o pior fã do mundo, não a acompanho pela Internet, nem tenho um pôster guardado na gaveta do escritório. Sequer penso nela quando estou na cama com minha mulher, quando, aliás, só penso em minha mulher. Mas, enfim, uma ídala, uma verdadeira ídala.

Agora, vem esta notícia:

Scarlett Johansson, de 23 anos, deve realizar uma viagem de cinco dias pela região, segundo apontou a USO (uma organização sem fins lucrativos fundada há 66 anos, que fornece serviços recreativos e de bem-estar geral para os militares americanos e suas famílias), que não especificou as cidades pelas quais passará a atriz.
Durante sua estadia na região, a atriz visitará diversas instalações militares, cumprimentará seus fãs, dará autógrafos e conversará com os membros das Forças Armadas.
"Esta viagem pelo Golfo representa muito para mim. Sempre quis visitar o Golfo, e agora chegou o momento", assinalou a atriz. "Uma coisa é responder uma carta ou felicitar os soldados em um discurso; outra, bem diferente, é visitá-los e passar tempo com eles, que fazem tanto por nós", acrescentou.

Meu Deus, que decepção! Como o menino que descobre que o pai não é o superman, ...

(só uma pausa aqui para eu contar que acabei de agarrar um mosquito com a mão, eu sou foda!)

...como eu ia dizendo, como o menino que descobre que o pai não é o superman, acabei de descobrir que minha ídala é só uma menina de 23 anos, vulgar e babaca, que obviamente vai fracassar na tentativa de dirigir precocemente seu primeiro filme (sobre isso eu li, li sim, claro que li). Vulgar, porque indo até os soldados ela me lembra dos shows da Gretchen para caminhoneiros e nos presídios. Vamos combinar: a Gretchen pode; ela, não.

Babaca porque indo até lá ela estará apoiando (modo revista, bleargh, Carta Capital on) A GUERRA DE BUSH. Veja bem, eu não costumo falar sério neste blógui. Mas vamos falar sobre A GUERRA DE BUSH.

Pra começar não há nada de moralmente condenável em intervir em um Estado para terminar com um regime bárbaro e implantar uma democracia. Por mim, que se fodam todos os radicais islâmicos que não suportam outras maneiras de crer e de pensar e todos filhasdasputa ditadores, incluindo o Chavez e o Fidel, pelo qual, no entanto, nutro uma tremenda simpatia. Portanto, os princípios DA GUERRA DE BUSH não são do mal, e eu quero um mundo democrático e igualitário no futuro. Um mundo do bem.

No entanto, o Bush fez tudo errado. Primeiro, por se achar ele mesmo o dono do mundo iniciando uma guerra sem o aval jurídico da comunidade internacional. Segundo, porque na verdade foi tudo mesmo um desastre. Tiraram o Sadam e aquilo ficou um caos, gentes continuam morrendo feito o mosquito que acabei de matar e não se vê perspectiva alguma de melhora. Fica então impossível não admitir que esta política unilateral intervencionista não leva a mais justiça, a mais democracia e a mais nada, a despeito de se apoiar nesses nobres valores (refirmo-me a justiça e democracia, já que não sei se "nada" é um nobre valor, se bem que acho que sim).

Por isso, que se foda a Scarlett e que comam o rabo dela por lá. À força, para ela ver que guerra não é brinquedo.

Rapaz, eu devo realmente ter bebido uma taça de vinho para estar escrevendo este monte de coisa séria. Ou quase séria.

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