sexta-feira, dezembro 18, 2009

Um amigo do movimento Grêmio Novo me passou um FAQ esclarecedor sobre a Arena do Grêmio. Reproduzo. Se papai passar por aqui, pode postar um comment dizendo se há algo errado.

1) O Grêmio ficará proibido de treinar na Arena?

Não é verdade. O Grêmio poderá treinar sim na Arena, entretanto a
preferência será dado ao Centro de Treinamentos que receberá
investimentos para torná-lo um CT ao nível dos melhores existentes no
Brasil e que terá sinergia com o novo estádio. Grandes clubes do
Brasil e do exterior se utilizam de um CT e não do estádio como
estrutura de treinamento.

2) O Grêmio terá direito à renda do estádio?

Sim. O dinheiro das bilheterias irá para o caixa da empresa gestora da
Arena, administrada em conjunto pelo Grêmio a a construtora OAS. Nos
primeiros sete anos de operação da Arena, o Grêmio receberá a cada ano
um valor de R$ 7 milhões, reajustáveis pela inflação, mais 100% do
resultado operacional da empresa, ou seja, a OAS não ganhará nada com
a exploração do estádio. Mesmo se nenhum torcedor for à Arena e ela
não sediar um evento qualquer, logo não havendo qualquer receita para
a gestora, o Grêmio ainda receberá R$ 7 milhões todos os anos na fase
inicial do contrato. Entre os anos 8 e 20 de execução do contrato, o
Grêmio receberá valores fixos de R$ 14 milhões de reais a cada ano,
também reajustáveis, além de 65% do resultado operacional do estádio
com jogos e eventos. Hoje, o Estádio Olímpico não é usado para shows
musicais, conferências, encontros de empresas, etc, o que acontecerá
na Arena com resultados financeiros em benefício do Grêmio. Se o novo
estádio sediar, por exemplo, show de uma grande banda ou mesmo um
festival de rock, todo os recursos auferidos com a cessão do
equipamento serão revertidos para o Grêmio nos primeiros sete anos do
contrato e 65% nos demais anos até o prazo final de 20 anos, quando
todas as receitas passam novamente a ser do clube. Com o novo estádio,
também, o Grêmio gastará menos do que hoje à medida que não
necessitará de um quadro de funcionários tão grande como o existente
na atualidade para administrar o Olímpico assim como não precisará
efetuar gastos com reformas caras, o que hoje é exigido constantemente
pelo Olímpico que tem mais de 50 anos e sofre acentuada deterioração.
A Arena será, portanto, um estádio muito mais rentável que o Olímpico
para o Grêmio que manterá ainda as suas principais receitas como
direitos de televisionamento, quadro social, exploração da marca e
marketing, etc. O clube passará por um processo de capitalização,
aumento de receitas e redução de despesas.

3) Os sócios terão que pagar para entrar?

Não é verdade que o associado com título patrimonial terá que pagar
mensalidade mais ingresso. Não existe nenhuma previsão no contrato a
respeito nem tampouco há qualquer decisão nesse sentido. A questão dos
associados, que não envolve a empresa OAS, será decidida
exclusivamente pelo Grêmio em discussão com o seu quadro associativo.
A tendência é que o associado com título siga pagando mensalidade,
mantendo o direito de ingressar na Arena sem o pagamento de ingresso.
Caberá ao Grêmio restituir à empresa gestora o valor correspondente ao
ingresso dos seus associados, mas 100% dos resultados da gestora serão
do clube nos primeiros sete anos do contrato e 65% no restante do
período, o que vialibiza a manutenção dos direitos dos associados
patrimoniais.

4) A área do Olímpico vai para a OAS por quantos milhões?

Avaliações independentes do setor imobiliário contratadas pelo Grêmio
indicaram que a área do Olímpico hoje valeria ao redor de R$ 60
milhões, entretanto com a mudança dos índices de construtividade da
área, aprovadas pela Câmara de Vereadores, o valor é muito maior.
Entretanto, esta valorização somente ocorre porque o Grêmio deixará a
área para aproveitamento imobiliário com a mudança para a Arena, sendo
que o atual valor de mercado menor seguiria o mesmo caso o Grêmio
resolva permanecer na Azenha.

5) Quanto valerá a Arena quando passar para o Grêmio, após 20 anos?

A estimativa é de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões.

6) Quem decidirá as questões da Arena?

A empresa gestora da Arena terá um conselho de administração formado
por cinco pessoas, sendo três da OAS e dois do Grêmio. O contrato
prevê que o Grêmio terá direito de veto em uma série de pontos da
administração.

7) Quando começam as obras?

A licença de construção deve sair em maio. Se a OAS abrir as linhas de
financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) ou bancos privados, as obras começam em junho.

8) O Grêmio colocará dinheiro na Arena?

Nem um centavo sequer. Do total, 55% são bancados pela OAS (equity) e
45% por financiamentos públicos ou privados captados pela empresa. Se
por qualquer motivo a construtora iniciar a obra e não poder
concluí-la, o contrato prevê ainda um seguro (performance bond) que
indenize o Grêmio que seguiria com o Estádio Olímpico e ainda
receberia a indenização, afinal a área da Azenha somente será entregue
à construtora OAS quando o Grêmio já estiver na Arena.

9) Quando a Arena estará pronta?

Se os prazos forem cumpridos, em dezembro de 2012.

10) Qual será o nome da Arena?

O nome será Arena Grêmio, mas podem ser comercializados os naming
rights do estádio em contrato com elevado valor que garantirá ainda
mais recursos para o Grêmio assim como se dá hoje com alguns dos
principais estádios do mundo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário