Definitivamente, a Rafa está aprendendo a cozinhar. E começa do melhor jeito: com o trivial. Quem não sabe passar um bife na chapa, refogar uma cebolinha, ferver um brócoli jamais será um gourmet. Ninguém vira um grande jogador de futebol se não aprende a fazer balãozinho. Ninguém dirige um Fórmula 1 se não sabe dirigir um kart. Ninguém aprende a pilotar em um boeing. O básico é sempre o essencial.
É por isso que estou extremamente contente com as incursões semanais de minha mulher à cozinha. Semana retrasada foi peito de frango com arroz e legumes, semana passada, guisadinho com arroz e legumes e agora, franguinho desfiado refogado com arroz e legumes. Sim pode ser repetitivo, mas quantas vezes você teve de somar para aprender a multiplicar? Cada refeição é uma evolução. Se na primeira tentativa o brócoli se desmanchava na panela, agora é firme e mantém sua forma de flor. A boa cozinha sabe trabalhar com os cinco sentidos e ninguém faz um grande prato se não sabe que a vagem tem de cozinhar apenas o suficiente para exalar seu cheiro, mas não perder na água a cor, a consistência crocante e o sabor. Não há chef que tenha feito um bom canard a l`orange sem antes ter cozido centenas de frangos.
Fora que esta coisa de preparar marmitas para toda a semana é muito gostosa - e romântica, por incrível que pareça. Escolher o menu, ir para a cozinha, testar tempeiros e depois separar as comidinhas em pequenas marmitas, dosando as cores e sabores de forma equilibrada... É quase uma arte. Melhor que isso, só saber que você vai chegar em casa depois do trabalho e não terá de encarar um yakisoba Sadia.
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