sexta-feira, janeiro 19, 2007

Passou a noite em claro, cada estalo nas madeiras da casa um susto. Às nove e quarenta e cinco chamou um táxi. Entrou no auto e pediu pro motorista seguir até a agência central da Caixa. Baixou na Caldas Jr, a 20 metros da entrada do banco. Nesse pequeno trajeto foi derrubado por um trombadinha. Desmaiou. Acordou com uma multidão à volta. Meteu a mão no bolso: cadê a carteira? Rememorou seus últimos passos e desmaiou de novo. Abriu os olhos instantes depois, ainda o povo. Pôs-se de pé. Deslizou a mão para dentro da calça. Estava lá, bem enfiado no rabo, o bilhete premiado da Mega Sena.

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