sábado, janeiro 05, 2008

A tarefa é curtir ao máximo a festa de casamento. Eu, que adoro champanhas, começo por me embrenhar no fabuloso mundo dos espumantes. Minha meta é chegar ao fim do processo escrevendo um texto como o feito por estes caras. Bizarro e sensacional - ao mesmo tempo. Aliás, você acredita que um simples espumante encerre tantos sabores?

"Provamos o Cave Geisse Brut 2004, um corte de 70% Chardonnay e 30% de Pinot Noir, com perlage fino e intenso. Um espumante que privilegia o frescor com notas de maçã verde e abacaxi , com boa cremosidade e acidez na boca, confirmando o nariz e encerrando em passas de uva clara. Com o tempo em taça, mostrou um traço de óxido de ferro no nariz evocando imediatamente as pedras em decomposição no terreno . Nesse momento, Rodrigo Machado com o nariz dentro da taça, olha para o barranco pedregoso e afirma estar no nariz com o aroma das pedras que ele estava mirando, de pronto Mário, com o sorriso de uma descoberta, corre até o local e volta com vários cascalhos na mão e de fato confirmamos o aroma. O espumante seguinte foi o Cave Geisse Nature 2004, exatamente com o mesmo corte do anterior, sendo a única diferença, a ausência açúcar. Mostrou ser mais austero no nariz com aromas frescos e cítricos e uma intensa nota mineral cristalina. Na boca tem excelente acidez, mostrando algumas notas de cítricos, avelãs e casca de limão, encerrando em frutas claras e uma forte nota mineral. Passamos então para o Cave Geisse Terroir 2003, com degourgement feito em 05/2007, um espumante muito elegante, com perlage finíssimo, abundante, formando um colchão delicado. Manteiga, cítricos, couro e manteiga de cacau no nariz, passando por ameixa em passa e um fundo mineral. Na boca é de corpo médio a encorpado, muito cremosa, com agulha muito fina e delicada que persiste até o vinho ser engolido. A Pinot Noir se destaca com notas animais e couro. Também mostra notas de abacaxi e aniz com uma persistência superior a um minuto, lembrando mel branco e avelãs. Este espumante foi recentemente avaliado por Robert Parker, que não publicou a nota na Wine Advocate por este vinho não estar disponível no mercado norte-americano. Digamos que foi uma nota bastante próxima da nota que demos, para cima. Para encerrar, provamos o "polêmico" Cave Geisse Brut Rose 2003 que agora mostra uma tonalidade mais evoluída. Rosa âmbar com perlage fino e persistente, formando colchão uniforme. No nariz mostra morango em geléia e uma nota de óxido de ferro. Na boca tem corpo médio, boa acidez e equilíbrio, mostrando morango, cereja e mirtilos frescos somados a pétalas de flores, toques de couro e mel. Persistência de 35+ ecoando mirtilos com discreto amargor final. (sic)"

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