"Não leio blogs; só o do Tião, porque é relevante", Filipe Maia, jornalista. "Às vezes o Tião escreve direitinho", Daniel Gallas, presidente. "Não gostar do Tião é uma falha de carácter", Rodrigo Müzell, jornalista. Sebastião Ribeiro é jornalista e mora em Porto Alegre. Leva uma vida pacata com a mulher e dois filhos em um apê no alto Rio Branco. A propósito, teu cu de bobes.
quinta-feira, junho 30, 2005
segunda-feira, junho 27, 2005
Passei o fim-de-semana fazendo turismo. Em Pelotas. Um flaneur pelas ruas pelotenses. Seguem algumas impressões e relatos sobre a cidade.
- Pelotas tem muitos cabeleireiros.
- Pelotas tem muitos corretores de imóveis.
- Que pelotenses fazem muito doce, eu já sabia. Mas que comem muito doce, descobri ontem. No Laranjal, o povo reveza: um matezinho, um docinho, um matezinho, um docinho, um matezinho...
- O Laranjal é lindo. Muito astral.
- Que triste a degradação do patrimônio histórico. Pior de tudo é o mercado público onde os secos e molhados dividem o espaço em ruínas com bancas de... sapatos chineses.
- De dia, não vi nenhum bistrô, café com mesas na rua ou bar mais transadinho. Nada que apetecesse gastar mais de uma hora, pelo menos.
- Pelotas tem muitos cabeleireiros.
- Pelotas tem muitos corretores de imóveis.
- Que pelotenses fazem muito doce, eu já sabia. Mas que comem muito doce, descobri ontem. No Laranjal, o povo reveza: um matezinho, um docinho, um matezinho, um docinho, um matezinho...
- O Laranjal é lindo. Muito astral.
- Que triste a degradação do patrimônio histórico. Pior de tudo é o mercado público onde os secos e molhados dividem o espaço em ruínas com bancas de... sapatos chineses.
- De dia, não vi nenhum bistrô, café com mesas na rua ou bar mais transadinho. Nada que apetecesse gastar mais de uma hora, pelo menos.
sábado, junho 25, 2005
quinta-feira, junho 23, 2005
Segue mais uma resposta de meus queridos professores. Desta vez a trago com grifos (meus), que comprovam a tese lançada pelo Filipe e que predominou entre os debatedores. Apenas a título de implicância, também grifo a parte que mostra que a alegação soloniana de que o a espuma do leite é tipo a da cerveja e que este fenômeno o faz subir é um embuste.
"Caríssimo Sebastião
Ficamos felizes de ver que quando a "coisa" aperta a salvação pode ser aqueles velhos professores que tanto pareciam nos infernizar a vida. Mas vamos lá, aí vão algumas considerações sobre o leite. O leite é uma emulsão onde glóbulos de gordura "flutuam" em uma solução aquosa que conté m vários componentes: açúcares (lactose), caseína, albumina, sais minerais, vitaminas,ácido lático... A água constitui , em volume, o principal componente do leite (em torno de 88%)enquanto a matéria gordurosa formada por glóbulos de diversos tamanho é o componente mais variável dependendo do tipo do leite( em média 3,5%). A caseína forma uma solução coloidal e entra em torno de 3%. A caseína pode ser obtida por precipitação natural (fermentação) ou com o auxílio de coalhos ouácidos (leite tallhado). A caseína é o principal componente dos queijos. A albumina é solúvel em água e não se coagula por coalho e sim por ácidos ou por calor, é a albumina que forma aquela película no leite aquecido e também é albumina aquela espuma que se observa quando o leite ferve. Depois de precipitar a caseína do soro sobrante pode-se separar a albuminaque serve para fabricar ricota. A lactose ou açúcar do leite encontra-se em 4,5%.A tranformação da lactose em ácido lático causa a precipitação da caseína e portanto a coagulação do leite. E por que o leite sobe? Por ser menos densa, a camada gordurosa flutua sobre o leite em repouso,formando a nata. Esta camada de gordura impede que as bolhas de vapor dágua que se formam quando o leite é aquecido cheguem à superfície para "estourarem" ou seja as bolhas de vapor tendem a se desprender da porção líquida. Com esta éspécie de "tampão" as bolhas ficam presas dentro do leite e com acontinuidade do aquecimento elas cada vez mais aumentam em número e em volume fazendo com que o leite cresça e derrame. Bom, acho que era isto que podiamos contribuir para esta discussão de vocês. Abraços Claudete e Adalberto"
"Caríssimo Sebastião
Ficamos felizes de ver que quando a "coisa" aperta a salvação pode ser aqueles velhos professores que tanto pareciam nos infernizar a vida. Mas vamos lá, aí vão algumas considerações sobre o leite. O leite é uma emulsão onde glóbulos de gordura "flutuam" em uma solução aquosa que conté m vários componentes: açúcares (lactose), caseína, albumina, sais minerais, vitaminas,ácido lático... A água constitui , em volume, o principal componente do leite (em torno de 88%)enquanto a matéria gordurosa formada por glóbulos de diversos tamanho é o componente mais variável dependendo do tipo do leite( em média 3,5%). A caseína forma uma solução coloidal e entra em torno de 3%. A caseína pode ser obtida por precipitação natural (fermentação) ou com o auxílio de coalhos ouácidos (leite tallhado). A caseína é o principal componente dos queijos. A albumina é solúvel em água e não se coagula por coalho e sim por ácidos ou por calor, é a albumina que forma aquela película no leite aquecido e também é albumina aquela espuma que se observa quando o leite ferve. Depois de precipitar a caseína do soro sobrante pode-se separar a albuminaque serve para fabricar ricota. A lactose ou açúcar do leite encontra-se em 4,5%.A tranformação da lactose em ácido lático causa a precipitação da caseína e portanto a coagulação do leite. E por que o leite sobe? Por ser menos densa, a camada gordurosa flutua sobre o leite em repouso,formando a nata. Esta camada de gordura impede que as bolhas de vapor dágua que se formam quando o leite é aquecido cheguem à superfície para "estourarem" ou seja as bolhas de vapor tendem a se desprender da porção líquida. Com esta éspécie de "tampão" as bolhas ficam presas dentro do leite e com acontinuidade do aquecimento elas cada vez mais aumentam em número e em volume fazendo com que o leite cresça e derrame. Bom, acho que era isto que podiamos contribuir para esta discussão de vocês. Abraços Claudete e Adalberto"
quarta-feira, junho 22, 2005
Tenho um assunto muito obscuro para falar sobre. Tão obscuro que o Word não o reconhece em nenhuma de suas grafias. Mitórios. Mictórios.
Passa que há homens que se intimidam com os mictórios. Cruzam ao largo deles, indo direto para a casinha, para o vaso sanitário. Há outros ainda que não conseguem mijar tendo ao lado um companheiro. Eu até entendo isso. A situação é realmente constrangedora. Dois homens, duas mangueiras, lado a lado.
Um amigo meu é conhecido por evitar os mictórios. Evita até as árvores, os muros, os matinhos. Nem na mais absoluta bebedeira, três garrafas de Patrícia a descarregar, noite cerrada, é capaz de fazer xixi sabendo-se observado. Muitas vezes já lhe perguntamos por que. Ele responde sempre que é uma questão de concentração - mijar seria um ato que requer tranqüilidade máxima.
Há ainda aqueles que até aceitam o mictório, mas jamais uma companhia no aparelho adjacente – que dirá um papo de banheiro. Podem até esvaziar eficientemente de frente para uma parede, contando os azulejos do chão até o teto. Mas, em chegando um segundo para compartilhar o momento, a vazão diminui drasticamente, podendo até cessar por completo. Nesses casos, costumam tangenciar. Pressionam a hidra para fazer barulhinho de água e estimular o pipi, assoviam para que o outro não perceba que o mijo só sai em gotas, ou simplesmente abandonam a tarefa pela metade e sacolejam como se a tivessem concluído.
Sempre achei que essa situação tivesse uma forte explicação psicanalítica. Medo de olhar pro pinto do outro (e gostar?), medo de que o vizinho pare e proponha uma disputa para “ver quem tem o tico maior”, medo de descobrir que o outro mija melhor, com mais vazão e eficiência. Medos inconscientes mil. E pior: relacionados à sexualidade. Coisas que Freud gostaria de explicar.
Pois esses dias, um outro amigo deu uma pista de que minha teoria está correta. Mandou o seguinte mail para uma lista de discussões. “Às vezes eu tou mijando num mictório desses coletivos. Sabe quando outro cara mija do teu lado e só consegue aquele mijinho mocorongo que não dá barulho, não dá uma corrente mijal constante, é psh... pshh... pshh...? Eu sempre fico com a impressão que esse cara é um merda. Estarei louco?”
A inquietação absolutamente pertinente do colega me fez pensar que, além dos que fogem do mictório, dos que só o encaram sozinho e dos que simplesmente mijam, há os que realmente observam, ou ao menos reparam, os outros mijar. O interessante de notarmos é que o mail do meu amigo dá realmente uma base real para os que temores dos que têm medo da relação mictorial. Responde a estes: sim, há gente observando você mijar, cotejando mijos.
O estranho é que não consigo colocar este meu amigo nessa posição. Ele é um cara super low profile, daqueles que você juraria que não presta atenção no seu xixi. No entanto, aí está o rapaz a insinuar que existem os “mocorongos”, os “merdas” do mictório. Engraçado, não pensava que ele fosse do tipo que tem orgulho do xixi. Muito menos do próprio pinto. Sei lá, nunca imaginei que ele portasse um trabuco cano longo, uma enorme morcilha preta, uma mangueira quilométrica que daria orgulho de exibir no mictório. Não que eu achasse que ele tivesse pinto pequeno. Normal, apenas. Pelo menos nunca se falou nada sobre seu aparelho no vestiário do futebol...
E antes que já me acusem de adotar a postura de meu amigo, de ser um observador mictorial, um medidor de vazões, esclareço: há tempos venho fazendo isso por rigor científico. Como se vê, e o mail de meu amigo confirma, o comportamento nos mictórios intriga a muitos e amanhã mesmo pedirei explicações ao meu psiquiatra sobre o caso.
Passa que há homens que se intimidam com os mictórios. Cruzam ao largo deles, indo direto para a casinha, para o vaso sanitário. Há outros ainda que não conseguem mijar tendo ao lado um companheiro. Eu até entendo isso. A situação é realmente constrangedora. Dois homens, duas mangueiras, lado a lado.
Um amigo meu é conhecido por evitar os mictórios. Evita até as árvores, os muros, os matinhos. Nem na mais absoluta bebedeira, três garrafas de Patrícia a descarregar, noite cerrada, é capaz de fazer xixi sabendo-se observado. Muitas vezes já lhe perguntamos por que. Ele responde sempre que é uma questão de concentração - mijar seria um ato que requer tranqüilidade máxima.
Há ainda aqueles que até aceitam o mictório, mas jamais uma companhia no aparelho adjacente – que dirá um papo de banheiro. Podem até esvaziar eficientemente de frente para uma parede, contando os azulejos do chão até o teto. Mas, em chegando um segundo para compartilhar o momento, a vazão diminui drasticamente, podendo até cessar por completo. Nesses casos, costumam tangenciar. Pressionam a hidra para fazer barulhinho de água e estimular o pipi, assoviam para que o outro não perceba que o mijo só sai em gotas, ou simplesmente abandonam a tarefa pela metade e sacolejam como se a tivessem concluído.
Sempre achei que essa situação tivesse uma forte explicação psicanalítica. Medo de olhar pro pinto do outro (e gostar?), medo de que o vizinho pare e proponha uma disputa para “ver quem tem o tico maior”, medo de descobrir que o outro mija melhor, com mais vazão e eficiência. Medos inconscientes mil. E pior: relacionados à sexualidade. Coisas que Freud gostaria de explicar.
Pois esses dias, um outro amigo deu uma pista de que minha teoria está correta. Mandou o seguinte mail para uma lista de discussões. “Às vezes eu tou mijando num mictório desses coletivos. Sabe quando outro cara mija do teu lado e só consegue aquele mijinho mocorongo que não dá barulho, não dá uma corrente mijal constante, é psh... pshh... pshh...? Eu sempre fico com a impressão que esse cara é um merda. Estarei louco?”
A inquietação absolutamente pertinente do colega me fez pensar que, além dos que fogem do mictório, dos que só o encaram sozinho e dos que simplesmente mijam, há os que realmente observam, ou ao menos reparam, os outros mijar. O interessante de notarmos é que o mail do meu amigo dá realmente uma base real para os que temores dos que têm medo da relação mictorial. Responde a estes: sim, há gente observando você mijar, cotejando mijos.
O estranho é que não consigo colocar este meu amigo nessa posição. Ele é um cara super low profile, daqueles que você juraria que não presta atenção no seu xixi. No entanto, aí está o rapaz a insinuar que existem os “mocorongos”, os “merdas” do mictório. Engraçado, não pensava que ele fosse do tipo que tem orgulho do xixi. Muito menos do próprio pinto. Sei lá, nunca imaginei que ele portasse um trabuco cano longo, uma enorme morcilha preta, uma mangueira quilométrica que daria orgulho de exibir no mictório. Não que eu achasse que ele tivesse pinto pequeno. Normal, apenas. Pelo menos nunca se falou nada sobre seu aparelho no vestiário do futebol...
E antes que já me acusem de adotar a postura de meu amigo, de ser um observador mictorial, um medidor de vazões, esclareço: há tempos venho fazendo isso por rigor científico. Como se vê, e o mail de meu amigo confirma, o comportamento nos mictórios intriga a muitos e amanhã mesmo pedirei explicações ao meu psiquiatra sobre o caso.
Ainda devo a outra explicação de meus professores. Antes, porém, reproduzo uma resposta sobre o assunto leite publicada pela Revista Mundo estranho e mandada pela Renata Steffen. Mais uma vez, a resposta coroa a explicação do Filipe, ratifica minhas conclusões finais, e mostra que o Solon, entre muitos acertos, embutiu um monte de bobagens e imaginações da cabeça dele em suas hipóteses.
"Turbulência Láctea - Por que o leite sobe quando ferve? Para começo de conversa, é preciso entender uma característica básica do leite. Ele não é apenas um líquido, como a água, e sim uma composição orgânica que também contém sais minerais, gordura, proteínas e açúcar (a famigerada lactose, que o organismo de muitos adultos não tolera). Ao serem aquecidas, a gordura e as proteínas tendem a subir para a superfície do leite, formando uma película. Isso ocorre antes de a água presente no leite ferver. Quando isso acontece, a água começa a borbulhar e as bolhas de vapor empurram a tal película para fora e o leite passa a espumar. Todo mundo sabe que, se apagar o fogo, o processo é paralisado instantaneamente. “Isso acontece porque as proteínas voltam a dissolver-se na água do leite quando ele esfria”, diz Paulo César Queiroga, gerente industrial de uma fábrica de laticínios. O que sobra na superfície é a popular nata: a gordura do leite.
Fervura incontida Gordura e proteína do leite criam película que provoca o transbordamento. Quando o leite é aquecido, a gordura e as proteínas sobem para a superfície, formando uma película. Quando a água contida no leite começa a ferver, as bolhas de vapor empurram a película para fora, formando a espuma que transborda."
"Turbulência Láctea - Por que o leite sobe quando ferve? Para começo de conversa, é preciso entender uma característica básica do leite. Ele não é apenas um líquido, como a água, e sim uma composição orgânica que também contém sais minerais, gordura, proteínas e açúcar (a famigerada lactose, que o organismo de muitos adultos não tolera). Ao serem aquecidas, a gordura e as proteínas tendem a subir para a superfície do leite, formando uma película. Isso ocorre antes de a água presente no leite ferver. Quando isso acontece, a água começa a borbulhar e as bolhas de vapor empurram a tal película para fora e o leite passa a espumar. Todo mundo sabe que, se apagar o fogo, o processo é paralisado instantaneamente. “Isso acontece porque as proteínas voltam a dissolver-se na água do leite quando ele esfria”, diz Paulo César Queiroga, gerente industrial de uma fábrica de laticínios. O que sobra na superfície é a popular nata: a gordura do leite.
Fervura incontida Gordura e proteína do leite criam película que provoca o transbordamento. Quando o leite é aquecido, a gordura e as proteínas sobem para a superfície, formando uma película. Quando a água contida no leite começa a ferver, as bolhas de vapor empurram a película para fora, formando a espuma que transborda."
terça-feira, junho 21, 2005
Antecipo uma das duas respostas que recebi de meus queridos professores do Aplicação sobre o leite. Fico devendo mais uma e um comentário acerca da resolução do enigma do leite.
"Olá, Sebastião (Grande Seba). Tudo bem com você? Espero que sim. Bem, vamos auxiliar nesse profundo debate sobre o Leite.
O leite é constituido por gorduras, proteínas e água. As proteínas sofrem desnaturação com o calor em temperatura inferior à da ebulição da água. Quando aquecemos o leite, uma das proteínas (lactoalbumina) desnatura e forma uma camada fina na superfície do leite(nata). As partículas de água, ao entrarem em ebulição, têm a tendência de sair do recipiente e empurram a nata para cima. Uma maneira para evitar é colocar um pedaço de porcelana no interior dorecipiente (existem alguns à venda em lojas especializadas). Ele não impede o leite de subir, mas vai te avisar (faz barulho na leiteira) quando começa a ferver e você pode desligar antes de sujar todo o fogão.
A espuma do leite é diferente da espuma da cerveja em constituição química. O sistema parece semelhante, mas na cerveja a espuma depende do gás carbônico produzido na fermentação.
O leite talhado (azedo) modifica a caseína (uma das proteínas do leite) e faz com que ela coagule e formem-se grumos (aglomeração de partículas). Ao ferver, como formam esses grumos, não há formação da nata e as partículas de água, ao ebulirem, não encontram impedimento físico - assim o leite não derrama. Para saber um pouco mais, aí vai alguns endereços na Internet.
Um forte abraço. Edson."
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT688136-1716-2,00.html
http://www.nisseychallenger.com/newscuriosidades.html
http://www.cienciaviva.pt/docs/espumascervejalavagem.pdf
"Olá, Sebastião (Grande Seba). Tudo bem com você? Espero que sim. Bem, vamos auxiliar nesse profundo debate sobre o Leite.
O leite é constituido por gorduras, proteínas e água. As proteínas sofrem desnaturação com o calor em temperatura inferior à da ebulição da água. Quando aquecemos o leite, uma das proteínas (lactoalbumina) desnatura e forma uma camada fina na superfície do leite(nata). As partículas de água, ao entrarem em ebulição, têm a tendência de sair do recipiente e empurram a nata para cima. Uma maneira para evitar é colocar um pedaço de porcelana no interior dorecipiente (existem alguns à venda em lojas especializadas). Ele não impede o leite de subir, mas vai te avisar (faz barulho na leiteira) quando começa a ferver e você pode desligar antes de sujar todo o fogão.
A espuma do leite é diferente da espuma da cerveja em constituição química. O sistema parece semelhante, mas na cerveja a espuma depende do gás carbônico produzido na fermentação.
O leite talhado (azedo) modifica a caseína (uma das proteínas do leite) e faz com que ela coagule e formem-se grumos (aglomeração de partículas). Ao ferver, como formam esses grumos, não há formação da nata e as partículas de água, ao ebulirem, não encontram impedimento físico - assim o leite não derrama. Para saber um pouco mais, aí vai alguns endereços na Internet.
Um forte abraço. Edson."
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT688136-1716-2,00.html
http://www.nisseychallenger.com/newscuriosidades.html
http://www.cienciaviva.pt/docs/espumascervejalavagem.pdf
quarta-feira, junho 15, 2005
Tendo em vista a concorrida discussão sobre a fervura do leite abaixo estabelecida, resolvi tomar uma atitude drástica. Enviei as questões polêmicas a quatro professores que me deram aula de química e física no colégio de Aplicação. Segue mensagem:
"Distintos professores Claudete, César, Adalberto e paraninfo Edson,
fui aluno de vocês e espero tê-los incomodado o suficiente para não ter sido esquecido em apenas nove anos. E não é sem incomodar que volto a procurá-los agora de forma tão intempestiva. Ocorre que instalou-se uma fútil discussão em meu blógui - se quiserem consultar www.bloguidotiao.blogspot.com -, a qual creio poder ser facilmente resolvida por vocês. Depois de ler uma matéria boba na revista Galileu sobre leite, tive a infelicidade de fazer, por meio da Internet, uma indagação boba aos meus amigos. O resultado foi um interminável bate-boca travado por leigos sem nenhuma autoridade, mas cheios de pretensão - como aliás, costumam ser todos os jornalistas. Portanto, considerem a hipótese de me responder por escrito ou por telefone (9994-0519) às seguintes indagações:
1) por que o leite "levanta fervura", em vez de só borbulhar, como a água?
2) por que o leite talhado não "levanta fervura"?
3) até que altura pode subir a fervura do leite em uma panela?
4) o leite faz espuma como a cerveja?
5) sintam-se totalmente à vontade para também para comentar qualquer uma das afirmações feitas na discussão (abaixo) ...
Obrigado, saudades da escola, Sebastião Ribeiro"
"Distintos professores Claudete, César, Adalberto e paraninfo Edson,
fui aluno de vocês e espero tê-los incomodado o suficiente para não ter sido esquecido em apenas nove anos. E não é sem incomodar que volto a procurá-los agora de forma tão intempestiva. Ocorre que instalou-se uma fútil discussão em meu blógui - se quiserem consultar www.bloguidotiao.blogspot.com -, a qual creio poder ser facilmente resolvida por vocês. Depois de ler uma matéria boba na revista Galileu sobre leite, tive a infelicidade de fazer, por meio da Internet, uma indagação boba aos meus amigos. O resultado foi um interminável bate-boca travado por leigos sem nenhuma autoridade, mas cheios de pretensão - como aliás, costumam ser todos os jornalistas. Portanto, considerem a hipótese de me responder por escrito ou por telefone (9994-0519) às seguintes indagações:
1) por que o leite "levanta fervura", em vez de só borbulhar, como a água?
2) por que o leite talhado não "levanta fervura"?
3) até que altura pode subir a fervura do leite em uma panela?
4) o leite faz espuma como a cerveja?
5) sintam-se totalmente à vontade para também para comentar qualquer uma das afirmações feitas na discussão (abaixo) ...
Obrigado, saudades da escola, Sebastião Ribeiro"
terça-feira, junho 14, 2005
Quando me dei por conta, tinha uma floresta dentro do meu apartamento. A Amazônia de Petrópolis começou sorrateiramente. Para ser preciso, nem matéria orgânica existia em sua gênese. Simplesmente, viajei por uma semana e ao chegar me deparei com a parede da sacada que não é sacada mas sim churrasqueira pintada de verde. Verde-pistache, verde-limão-verde. Achei bonito. Não sabia para onde aquilo evoluiria.
Condescendente, aceitei a primeira árvore - uma palmeira que deixou mais verde a sacada verde. Daí por diante, não sei como as coisas se deram. Hoje, olho para sacada (que não é sacada...) e só vejo plantas. Um vaso de tostão que cresce só para um lado, o lado da janela, o lado da luz, e simplesmente não pára de crescer. Três suculentas que uma vez por mês têm de ser encharcadas para então ser esquecidas por mais trinta dias até ser encharcadas de novo. Um vaso com umas folhas verdes e umas flores rosas envolto em um papel celofane escandalosamente... verde. Umas gérberas que morreram, mas prometem ressuscitar. Uma orquídea que só cresce para cima, fina e longa como uma varilha de catavento. E, por fim, minha plantinha que fica no parapeito, onde, não importa a chuva ou o vendaval, permanece inabalável, sem nunca ter tentado suicídio.
Não gosto muito da floresta de minha casa, mas, enfim, sou refém dela. Afinal, o que se pode fazer contra estas pobres plantas que alguém um dia pôs aqui?
Condescendente, aceitei a primeira árvore - uma palmeira que deixou mais verde a sacada verde. Daí por diante, não sei como as coisas se deram. Hoje, olho para sacada (que não é sacada...) e só vejo plantas. Um vaso de tostão que cresce só para um lado, o lado da janela, o lado da luz, e simplesmente não pára de crescer. Três suculentas que uma vez por mês têm de ser encharcadas para então ser esquecidas por mais trinta dias até ser encharcadas de novo. Um vaso com umas folhas verdes e umas flores rosas envolto em um papel celofane escandalosamente... verde. Umas gérberas que morreram, mas prometem ressuscitar. Uma orquídea que só cresce para cima, fina e longa como uma varilha de catavento. E, por fim, minha plantinha que fica no parapeito, onde, não importa a chuva ou o vendaval, permanece inabalável, sem nunca ter tentado suicídio.
Não gosto muito da floresta de minha casa, mas, enfim, sou refém dela. Afinal, o que se pode fazer contra estas pobres plantas que alguém um dia pôs aqui?
sexta-feira, junho 10, 2005
A Tica diria que um blógui não é um lugar para se polvilhar links. Eu concordaria e diria que um blógui não é sequer um lugar. Mas este site, que me recomendou o Fabiano, é bem legal. A propósito, desde o confessional post "Não Consigo Sair deste Mundo", isto aqui está mesmo com cara de blógui. No melhor e no pior sentido da palavra.
quinta-feira, junho 09, 2005
Estou há duas horas em frente ao computador. Se continuar neste ritmo, serei um homem falido, visto que a GVT me dá direito a 50 horas de Internet por mês.
Para piorar, não fiz nada de útil nos últimos 120 minutos. Vocês devem ter notado, mudei meu blógui. Só não imaginei que por causa do capricho de querer passar do azul pro laranja perderia todos os meus links, os comments by haloscan e o contador de acessos. Quando o layout anterior foi sepultado, a ferramenta marcava 8011 acessos. Faltava pouco para 10 mil, quando eu pretendia acender uma vela num bolo e publicar em tirinhas, como na antológica festa do defunto Alfinete, os melhores posts da história do Blóguidotião.
Quando me dei conta de que havia perdido tantas informações, foi como tivessem arrancado um pedaço de mim (pelo visto o mais piegas ficou intacto). Bateu o desespero. Se o Blogger tivesse deletado meu arquivo, teria me atirado pela janela. O que ia ser uma função, porque são só dois andares, eu não morreria, teria de ir pro HPS, pisca-alerta ligado, a Rafa com a mão cravada na buzina, aquela coisa toda. Mas os posts precedentes parecem intactos. Um bom ponto de partida para começar a reconstruir minha vida. Digo, meu blógui. Mas festinha, só daqui a 10 mil acessos.
Para piorar, não fiz nada de útil nos últimos 120 minutos. Vocês devem ter notado, mudei meu blógui. Só não imaginei que por causa do capricho de querer passar do azul pro laranja perderia todos os meus links, os comments by haloscan e o contador de acessos. Quando o layout anterior foi sepultado, a ferramenta marcava 8011 acessos. Faltava pouco para 10 mil, quando eu pretendia acender uma vela num bolo e publicar em tirinhas, como na antológica festa do defunto Alfinete, os melhores posts da história do Blóguidotião.
Quando me dei conta de que havia perdido tantas informações, foi como tivessem arrancado um pedaço de mim (pelo visto o mais piegas ficou intacto). Bateu o desespero. Se o Blogger tivesse deletado meu arquivo, teria me atirado pela janela. O que ia ser uma função, porque são só dois andares, eu não morreria, teria de ir pro HPS, pisca-alerta ligado, a Rafa com a mão cravada na buzina, aquela coisa toda. Mas os posts precedentes parecem intactos. Um bom ponto de partida para começar a reconstruir minha vida. Digo, meu blógui. Mas festinha, só daqui a 10 mil acessos.
quarta-feira, junho 08, 2005
Não consigo sair deste mundo. É como se houvesse uma bola de ferro - daquelas de presidiário em desenho animado - acorrentada no meu tornozelo. Fica me prendendo por aqui. Queria só uns minutinhos de viagem por dia, ser um pouco como esta menina ou este menino ou tantos outros que andam pela chamada blogosfera ("a chamada blogosfera!"). Mas não. Fica a bola a me segurar: trabalho, casa, esposa, dieta. Um livrinho aqui, um cineminha ali, um passeio na Encol acolá. E só.
sábado, junho 04, 2005
Me faltou inspiração para falar sobre o caso da menina que me odeia incondicionalmente. Sobrou para o Rodrigo. Do blógui dele (link ao lado).
"Sebastião
Tenho um amigo que os leitores desse blog devem conhecer, é o Sebastião. Conheci-o na faculdade, há oito anos, e desde meados do ano passado convivo com o sujeito diariamente, a dois monitores de computador de distância, na ZH.Não vou perder tempo definindo-o, só digo que no topo de suas várias qualidades está o Carisma. Não conheço ninguém tão carismático. Vejam como funciona:- Chega um amigo nosso em um churrasco com namorada nova. As primeiras duas frases que o Tião diz, em voz alta: "Ãããã, tá de namorada nova! Ããã, cara, tu só gosta de mulher nariguda!"Uma pessoa normal, como eu, se dissesse isso levaria um soco de alguém do casal, talvez de ambos. O Sebastião, não. Minutos depois estava ele e a namorada que julgou nariguda conversando animadamente. Já vi isso acontecer incontáveis vezes. Ele chegou na zero e na primeira semana apelidou um fotógrafo com anos de casa de "indian boy" porque acha que ele parece indiano. E fica berrando "indian boy! indian boy!" sem se preocupar e o sisudo fotógrafo adora. Ele uma vez desceu quatro andares de escada pendurado no ombro de uma colega nossa de faculdade acusando-a de ter peidado na aula de redação jornalística. E fundamentando a acusação: "óbvio que foi tu, tu é dessas gurias que se enchem de verdura e dá nisso". Ela xingou na hora, mas esses dias passaram horas papeando no café aqui do jornal.Bom, vocês entenderam a magia do Sebastião. Claro, ele tem seu lado negro. No aniversário dele, surtou por algum motivo besta e brigou com a nora do dono do bar onde rolava a festa. Comete indiscrições constantes, tem uma risada aguda meio bizarra, às vezes resolve andar abraçado em ti no meio da redação vestindo uma camisa rosa.Mas só escrevo isso porque ontem percebi algo a respeito dele. Uma colega nossa vem hostilizando as loucuras do Sebastião com a raiva de uma secundarista. Nem o carisma dele adianta mais; a moça o despreza. É porque não percebe a pureza do Sebastião. Ele não enche o saco ou dá shows por motivos egoístas. Ele não quer o estrelato. Ele é igual entre 100 pessoas ou só contigo no carro. Ele é um ingênuo, muitas vezes.Portanto, tudo isso é para avisar a quem conhece o Tião o que eu avisei à nossa colega: não gostar do Sebastião é falha de caráter."
"Sebastião
Tenho um amigo que os leitores desse blog devem conhecer, é o Sebastião. Conheci-o na faculdade, há oito anos, e desde meados do ano passado convivo com o sujeito diariamente, a dois monitores de computador de distância, na ZH.Não vou perder tempo definindo-o, só digo que no topo de suas várias qualidades está o Carisma. Não conheço ninguém tão carismático. Vejam como funciona:- Chega um amigo nosso em um churrasco com namorada nova. As primeiras duas frases que o Tião diz, em voz alta: "Ãããã, tá de namorada nova! Ããã, cara, tu só gosta de mulher nariguda!"Uma pessoa normal, como eu, se dissesse isso levaria um soco de alguém do casal, talvez de ambos. O Sebastião, não. Minutos depois estava ele e a namorada que julgou nariguda conversando animadamente. Já vi isso acontecer incontáveis vezes. Ele chegou na zero e na primeira semana apelidou um fotógrafo com anos de casa de "indian boy" porque acha que ele parece indiano. E fica berrando "indian boy! indian boy!" sem se preocupar e o sisudo fotógrafo adora. Ele uma vez desceu quatro andares de escada pendurado no ombro de uma colega nossa de faculdade acusando-a de ter peidado na aula de redação jornalística. E fundamentando a acusação: "óbvio que foi tu, tu é dessas gurias que se enchem de verdura e dá nisso". Ela xingou na hora, mas esses dias passaram horas papeando no café aqui do jornal.Bom, vocês entenderam a magia do Sebastião. Claro, ele tem seu lado negro. No aniversário dele, surtou por algum motivo besta e brigou com a nora do dono do bar onde rolava a festa. Comete indiscrições constantes, tem uma risada aguda meio bizarra, às vezes resolve andar abraçado em ti no meio da redação vestindo uma camisa rosa.Mas só escrevo isso porque ontem percebi algo a respeito dele. Uma colega nossa vem hostilizando as loucuras do Sebastião com a raiva de uma secundarista. Nem o carisma dele adianta mais; a moça o despreza. É porque não percebe a pureza do Sebastião. Ele não enche o saco ou dá shows por motivos egoístas. Ele não quer o estrelato. Ele é igual entre 100 pessoas ou só contigo no carro. Ele é um ingênuo, muitas vezes.Portanto, tudo isso é para avisar a quem conhece o Tião o que eu avisei à nossa colega: não gostar do Sebastião é falha de caráter."
sexta-feira, junho 03, 2005
quinta-feira, junho 02, 2005
Com atraso.
1) Adorei meu aniversário, semana passada. Valeu a todos que foram.
2) Creio ter sido o primeiro portoalegrense a colocar a mão no dicionário digital Aurélio (ver foto). Devo a isso à vaquinha de aniversário patrocinada por: Vó Sarinha, Sogra Beth e Sogro Jura, Tia Lisinha, Tia Lenira, Tia Bebé, Amada Rafa, Mãe Niura e Pai Doni. Obrigado a todos!
1) Adorei meu aniversário, semana passada. Valeu a todos que foram.
2) Creio ter sido o primeiro portoalegrense a colocar a mão no dicionário digital Aurélio (ver foto). Devo a isso à vaquinha de aniversário patrocinada por: Vó Sarinha, Sogra Beth e Sogro Jura, Tia Lisinha, Tia Lenira, Tia Bebé, Amada Rafa, Mãe Niura e Pai Doni. Obrigado a todos!