terça-feira, novembro 02, 2004

Ontem, meu pai sugeriu que o blógui oferecesse notas de rodapé. Para explicar o que não está claro, o que carece de precisão. Como o post do Verle, por exemplo. Tremenda bobagem, tive de retrucar. O bom de um blógui é que ele não só comporta como se adequa às meias frases, ao non-sense. Com a desculpa de estar escrevendo para si, o blogueiro. Peraí. Escorreguei. Só o que faltava eu ter orgulho de ser nerd, agora. Tenho mais é vergonha ! Apaga "blogueiro" aí. Delete. Return. Voltemos. Com a desculpa de estar escrevendo para si (não obriguei ninguém a acessar esta merda), mas querendo efetivamente escrever para o mundo, o autor de um blógui se dá o direito de uma escrita descompromissada, sem a obrigação de uma nota de rodapé ou qualquer tipo de complemento. Isso é o bacana. Bacana. Bacana. Bacana. Ba-ca-na. Bacãna.
O post do Verle só existe porque não precisa de explicação (então por que diabos eu estou aqui a explicá-lo ?). Enfim. Mas tá difícil terminar este post, hein ? Quem sabe a gente bota aqui uma nota de rodapé lembrando que tudo isso está sendo feito no feriado, que não há o que fazer aqui em ZH, que o tempo que faltou para explicar o post do prefeito agora sobra ?
Voltando: o post do Verle só existe porque não carece de explicação. Porque num blógui a gente pode, em trinta segundos, no meio de um dia corrido, escrever uma coisa qualquer que venha à cachola. Que merda escrever um tratado sobre a insipidez do Verle, sobre o esforço do PT para escondê-lo, sobre as matérias que dão conta do aumento da dívida na prefeitura ! Bem melhor é escrever "e o Verle, hein" e deixar o amigo fazer suas elucubrações. Sorte daqueles que leram o post e logo se lembraram dele com o cocar na cabeça. Ou melhor: dele entrando de calçãozinho no Guaíba. Garanto que nem passou pela cabeça do Paulo Odone lembrar-se dessas coisas. Tivesse passado, não pediria notas de rodapé.

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