quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Depois de uma caminhada em Tramandaí, entrei no armazém da Gorda, um boteco desses de praia, singelo e despojado de qualquer luxo. Olhei para o sorvete, para o picolé, para uma Coca, para as garrafas de água com gás e sem gás e nada mexeu com a minha vontade de matar a sede. Ao contrário do Guaraná do Vovô, um refrigerante B, desses engarrafados em garrafas de cerveja, como o antigo guaraná Polar. Servi um a bebida bem gelada em um copo de requeijão, oferecido pelo dono da bodega, e, ah, como aquilo entrou bem! É triste que estejam desaparecendo os refrigerantes marginais. O melhor que já tomei foi a Cyrilinha de laranja. Quando era pequeno, adorava ir de ônibus Ouro e Prata para São Borja, porque no fundo do carro havia uma geladeira - daquelas com pesadas portas de metal e forradas com tábuas madeira - cheia de refrigerante. A garrafa da Cyrilinha era pequena, de vidro e tinha só 200 ml - muito charmosa! E o gosto do refri, então, nem se fala. Um néctar dos deuses.

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