domingo, outubro 15, 2006
Mais algumas de Buenos Aires, antes que eu me esqueça.
1) Em Buenos Aires, todo mundo que é legal tem walk-talk. Digo, Nextel. Aliás, já tinha reparado isso no Rio também. As pessoinhas acham muito legal ficar falando pelo rádio. Como a conta não aumentar com essas conversações, os bate-papos são incontáveis e/ou intermináveis. Um saco, na verdade. Nessas horas, até agradeço por viver na província.
2) Entre numa loja, em qualquer loja, de Buenos Aires. Você sairá cheio de hematomas. Os atendentes te tratam a tapas e pontapés. Te tratam tão mal no comércio bonairense quanto te tratam bem no paulistano. Nos restaurantes, a coisa é um pouquinho melhor. Um pouquinho.
3) Está certo, Buenos Aires já não tem (quase) nada do glamour que já teve. Mas convenhamos: até que seria uma cidade legal para se morar.
4) Perguntei para um passeador de cães quanto ele ganhava pela tarefa. Ele, que já está há tempos no mercado, cobra mais ou menos R$ 4 por mais ou menos uma hora e meia de passeio. O cara ainda denunciou que muitos passeadores não cumprem sua tarefa a contento. Em vez de caminharem e caminharem pelos parques para que os cachorros extravasem aquela energia que têm dentro de si (não o fazendo nos apartamentos), deixam-nos atados, parados, no cantão de uma praça escondida. Então, o passeador me contou onde é essa praça. E eu, passando de trem pelo local indicado por meu infoirmante, pude constatar a picaretagem. Dezenas, centenas de cães atados ao sol enquanto seus passeadores tomavam uma sombra.
5)Pra mim, navegar pelo Delta do Tigre é o passeio mais bacana que há em Buenos Aires. Mais sobre em cafeconmedialunas. Só deixo aqui uma dica. Em vez de pegar um barco turístico destes, com direito a guia mala e tudo, pegue uma lancha-taxi no centro do Tigre (onde tem a cidadezinha bonitinha, e não no porto de frutos). A partir de cinco pessoas vale a pena inclusive economicamente. Dá para arrebanhar companheiros no Trem da Costa, que leva até o Delta.
6) Os cães aí em cima são da raça Airdale. Amos essa raça. Eles são na verdade barbosas gigantes. Se bem que um deles tá mais para Bob Marley do que para qualquer coisa. Falando em Barbosa, ele está passando uma temporada na fazenda. Talvez não volte mais. Minha família já não consegue segurar a barra de um cão louco e violento. Por mais mimoso que ele seja.
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