sexta-feira, junho 25, 2004

Fui fazer uma reportagem no União sobre o Campeonato Estadual de Ginástica. Daiane dos Santos estaria lá para falar com a imprensa. Entrei no clube e logo encontrei a pequena dando entrevistas para uns colegas canetinhas. No final do papo, conversei com ela.
- Tu vais ficar aqui a tarde toda ?
- Por quê ?
- Porque quero te entrevistar daqui a pouco.
- Já falaste com o Haroldo ?
- Sim, está tudo combinado com a assessoria de imprensa.
- Mas eu não vou passar a tarde falando com vocês. Vamos ali embaixo que eu vou dar uma entrevista pra gaúcha agora.
Chamei o câmera. Fomos ao encontro do Haroldo.
- E aí ?
- Corram ali embaixo, que ela está falando com a rádio. Aproveitem, que o advogado dela não quer que ela dê mais entrevistas.
Descemos. Daiane ao microfone da gaúcha; o assessor de imprensa e o rábula a discutir.
- Desculpa, Sebastião, o advogado não quer mais que ela fale - disse o Haroldo.
- Semana que vem a gente marca uma coletiva - disse o engravatado.
Irritado, achando tudo aquilo absurdo - afinal, o clima era tranquilo, a Daiane estava ali, calma, conversando com o outro repórter -, querendo evitar constrangimentos e avaliando que o caso não valia um minuto no telejornal, voltei para a redação sem matéria. A Núbia, editora, perguntou:
- Por que não colocaste o microfone no advogado e perguntaste por que a proibição ?
- Achei que não valia. Cheguei a pensar nisso, mas não quis dar atenção e visibilidade àquele sujeito.
- Pois, da próxima vez, aja diferente. Coloque o microfone e depois discutimos na redação.
Ela tinha razão. Fiquei meio chateado. Por que a gente não consegue acertar dois dias seguidos ?

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