terça-feira, dezembro 26, 2006

Eu já vou explicara tim-tim por tim-tim, Bia, como se diferencia um gato de uma gata. Antes disso, passo aqui só para me queixar. Eu odeio trabalhar. E estou com muita bronca da Yeda.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

A Isabel Marchezan tem uma gata. A gata não tem nome. É só "gata". Muito Isabel.

domingo, dezembro 24, 2006

Aconteceu um troço muito punk aqui em casa. Chato mesmo. Eu nem devia estar contando. Me sinto um idiota completo. Acho que a Rafa também. Não desejo para ninguém passar o que passamos agora há pouco. Tem de ter muita abertura para encarar na boa. Sabem aquelas coisas que de uma hora para outra mudam tudo na vida de alguém? Até determinado momento as coisas são assim - a bola é redonda; a terra, azul; a chuva, molhada -; desse instante em diante as coisas passam a ser assado.
Era noite de amigo secreto, a turma reunida, troca de presentes, talecôsa. Nos divertimos, eu tomei umas cervejas, a Rafa, coca e champanha, e voltamos cansados para casa. Giramos a chave e nossa gatinha já nos esperava - como sempre - atrás da porta. Sedentos, pegamos uma água, e o bichinho - como sempre - se meteu para dentro da geladeira, dando-nos um pouco de trabalho para retirá-lo. Mas foi só isso de arte, que logo depois ela sossegou o pito, estirou-se na laje gelada da cozinha e pôs-se a se coçar. Coçada vai, coçada vem, e eu resolvi ajudar. É irresistível, a nossa gatinha.
Mudei o tom da voz para modo criancinha - "cadê a minha gatinha amada do coração" - e cheguei mais perto. Ela estava coçando a xota. Só que a xaninha, coitada, tava vermelha e inchada feito tomate passado. Chamei a Rafa.
- Rafa, vem cá ver que coisa bizarra. A bucetinha da Elza tá pra fora.
Ela se aproximou, conferiu a coisa. Permanecemos calados alguns segundos - um esperando o outro dizer o que um pensava -, nos olhamos, até que ela disse:
- Ai, isto é um tiquinho.
Parecia mesmo. Era estranho, porque ficava para trás, bem embaixo do fiofó. E ticos, até onde eu saiba, são para frente. Se bem que o cachorro sofre com esta história de ter tico pra frente, porque ele gosta mesmo é de ficar bunda com bunda. De todo modo, pegamos a Elza para uma análise anatômica.
Pusemo-la na cama. A Rafa abriu as patas de trás. Eu iniciei a apalpação. O buraco - ufa! - era de xeca. Mas acima dele havia um volume. Aperta aqui, aperta ali, e ficou claro que eram duas bolinhas. Vocês devem estar pensando - óbvio, é um gato -, mas a coisa não foi assim. Ficamos por uns dez minutos apalpando e discutindo, apesar de todas as evidências - eu diria até provas.
- Duas bolas e um tiquinho. É macho.
- Mas me deram como fêmea, Gordo. E ela já foi três vezes na veterinária e ela nunca disse nada.
- Pois é... Não sei. Esse buraquinho para trás parece xeca. Se bem que...
E assim ficamos, pouco a pouco convencendo-nos de que, realmente, Elza podia não ser Elza, embora, isto pareceu-nos claro desde o início, Elzo nunca seria. Já quase convencidos do equívoco, viemos até o computador. Google, imagens, "anatomia gato" e então a prova cabal: a gata é gato.
Sabia que isso era comum. Nas buscas na Internet, lemos muitos casos semelhantes. A falecida gata dos pais da Rafa era Kanu, o jogador de futebol, até descobrirem que ela era Kanu, uma femeazinha com nome original. Mas nunca pensei que tal infelicidade aconteceria comigo. A verdade é que só passando pelo que passamos é possível entender o que sentimos. Sofrimento, estupefação, desespero, perplexidade, desorientação - tudo junto. Enquanto isso, as peças vão se encaixando: é verdade, uma gata não morderia daquele jeito, os traços da cabeça sempre foram meio masculinos, nunca houve sinais de menstruação, etc...
Bom, a verdade é que ainda estamos absorvendo o impacto. Apesar desse relato superlativo, que mais pode parecer um deboche, é bem complicado, sim. A primeira providência que tomamos foi trocar o nome. De Elza Briseida para Aquiles. Na mitologia grega, Briseida é a paixão de Aquiles. Na minha casa, Briseida é Aquiles.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Tu ligas para o presidente de uma grande empresa e ele te trata triii bem. Aí, ligas prum executivozinho, um gerente regional, que seja, e o cara é um bagual. Impressionante, mas é SEMPRE assim.

domingo, dezembro 17, 2006

Estou tão arrasado que não tenho forças para descrever minha dor. Este post é uma homenagem a vocês, amigos colorados.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Em breve, meu blog atinge a marca de 30 mil posts. Em março, faz 3 anos. estava a fim de comemorar. Ir a um bar. Fazer como na festa do Alfinete, que teve distribuição de um panfleto com os melhores posts. O que vocês acham?
Amanhã, não haverá despertador. Me acordarei quando o corpo quiser. Ou quando algum foguete vencer a barreira do sono. E está decidido.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Domingo à tarde. Canal 20. A câmera amadora passeia por uma festa. Tudo escuro, não se enxerga rostos, talvez alguns corpos, muitos moles, sacolejando. Distingue-se apenas um homem vestindo um excêntrico chapéu preto brilhante. Corta. Comerciais. Banricompras Banrisul. Retorna câmera amadora. Outra festa. Um gordo bizarro enrolado em uma espalhafatosa capa preta e brilhosa recebe cumprimentos. Os crédito ajudam. Ah, sim, Em Azul Marinho.

Dá para não concordar com o Feijó nestas horas???

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Quem foi o idiota que desinventou a ventarola?

quarta-feira, novembro 29, 2006

- O que foi?
- E quem disse que foi?
- Sei lá, tu ficou me olhando, achei que era alguma coisa.
- Desde quando só de olhar vai?

quinta-feira, novembro 23, 2006

Não tem erro. É batata. Se durmo sem camisa ou pego vento nas costas depois de fazer exercício, adoeço. A vida inteira foi assim. Quando eu tinha amígdalas, eram elas que estouravam e me lançavam à febre. Desde que tirei as bolas da garganta, é a faringe que me incomoda - esta com a vantagem de não me deixar febril.
Não importa se está 40 graus na rua, se o dia está infernal, minhas costas não podem ficar descobertas. Por que diabos, então, volta e meia, uma ou duas vezes por ano, eu insisto em deixá-las vulneráveis? Talvez para desafiar a natureza - vamos ver se tu me pegas, camarada, agora que estou tão cheio de saúde! Inútil. Ela sempre ganha. Eu sempre perco.

terça-feira, novembro 21, 2006

Um dia cheguei em casa e deparei com um gato. Uma gata, para ser mais preciso. A Rafaela já vinha dando fortes indícios de que faria a adoção. Contra mim, um argumento irrefutável: "Gato é o bicho mais independente do mundo, Gordo, tu nem vai ter de ter de te preocupar".
Dois meses de gato em casa e, se hoje alguém me diz "gato é o bicho mais independente do mundo", eu mato. Mato mesmo. Só mesmo a mais absoluta ignorância leva alguém a chamar o bicho mais dependente do mundo de o bicho mais independente do mundo.
Elza Brizeida é um amor, mas, acima de tudo, é um inferno. Não se fica mais sozinho ou a dois em casa. O bichano demanda atenção 100% do tempo. Não sai da volta nunca. Está sempre fazendo arte. Agora mesmo, ela está em cima da escrivaninha fazendo menção de pisar no teclado do computador. Já derrubou as caixas de som do CPU três vezes nos últimos cinco minutos. Quando ela sair daqui, vai retirar pedrinhas que adornam a palmeira da sacada e brincar com elas pela casa inteira. E após, afiará unhas no sofá. Ato contínuo, morderá meu calcanhar. E, não importa quantas vezes a retire ou quantos tapas dê em seu focinho, continuará mordendo. Quando cansar, virá para o meu colo e ronronará tão alto e fofamente que ficarei imobilizado, com dó de retirá-la de cima. Mas antes disso, fará um cocô cujo odor se espalhará pela casa obrigando-me a recolher o material com a pazinha e depositá-lo no vaso.
A Rafaela agora argumenta que isso é "só enquanto ela é novinha". Ah, tá! Era o mesmo que eu dizia do Barbosa, o cão da família. Hoje, ele vive no exílio, na fazenda, para onde foi deportado devido a seu comportamento inadequado.

sexta-feira, novembro 17, 2006



Esta é a ilustração original para o texto "Americano que se diz australiano", do meu amigo Sérgio Margarida, na Revista Dois Pontos. O desenho é do Verça, da Afirma Comunicação. Aliás, como pediram os leitores deste blog, a publicação está totalmente remodelada. Não há mais que baixar arquivos e a atualização é bem mais freqüente. Divirtam-se.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Hoje faço três anos de namoro. Te amo, Rafa.

***

Nada a ver o cu com as calças, mas há um tempo ando interessado por este troço de anorexia. Agora, morreu esta modelo e eu resolvi começar a pesquisar mais pelos sites das Anas (anorexas) e das Myas (bulímicas). Aqui tem bons links para quem quiser se aprofundar. http://proannagorda.zip.net/

P.S.: Estão censurando vários sites do tipo. Será que vão censurar meu blógui por passar o link? Seria bem legal.

terça-feira, novembro 14, 2006

Fiz salmão e lulas no jantar ontem. Ficou.

***

Não escrevi semana passada porque estava em Uruguaiana. Estou de volta. Óbvio.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Será que eu acho arranhador de unhas para gatos por menos de R$ 40? Onde posso encontrar um arranhador de unhas para gatos por menos de R$ 40? Achei R$ 40 muito caro por um arranhador de unhas para gatos. Todo arranhador de unhas para gatos é feio? Ao menos, haveria um nome mais conciso para arranhador de unha para gatos?

quinta-feira, novembro 02, 2006

Jujuba.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Bosta. Não consigo mais ir ao futebol. Sempre trabalhando, sempre trabalhando, sempre trabalhando na hora dos jogos.

***

Se eu fosse o Paulo Sant´Anna escrevia um post de 40 frases, todas dizendo a mesma coisa: minhas previsões se concretizaram, eu sou muito bom. Como sou eu mesmo, apenas reproduzo minhas opiniões de início de segundo turno.

"Tomem nota: o bigode vai crescer e pode até assustar. Só não se elege porque se desgastou muito quando foi governador e por causa do Lula."

***

Estou esperançoso com a Yeda.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Um exemplo da guerrilha eleitoral petista: a mãe de uma amiga não vai mais votar na Yeda porque "diz que ela vai acabar com o 13º salário".

quarta-feira, outubro 25, 2006


Isto não é um convite. É uma convocação. Segunda, dia 30, 19h30, todos na "Feira do Livro" para o lançamento de "71 segundos", do Luiz Zini Pires. O assunto - a Batalha dos Aflitos - é bom, o autor é bom, o resultado só pode ser bom também. Gremistas: pintemos a praça de azul.

terça-feira, outubro 24, 2006

O telefone tocou. Atendi. Da parte de Andrea Santana. Os mais antigos devem lembrar, ela já freqüentou este blógui. O rapaz participou-me que a cabeleireira havia se mudado (aliás, notícia antecipada pelo Blógui do Tião há bastante tempo). Saiu do Sexton e instalou-se na Padre Chagas, 346. Pensei: "bom, agora que ela livrou-se do jugo do explorador, pode cobrar mais barato". Liguei para perguntar o preço e, quem sabe, marcar hora. Uma moça informou: R$ 53, o corte masculino. Desisti. Ah, Andrea, não muda esta Andrea...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Está certo que eu sou descoordenado. Que passei a infância entre neurologistas, psicopedagogos e psiquiatras. Que joguei bola minha vida inteira e nunca deixei de ser perna-de-pau. Mas passar os dias inteiros tendo de escrever e até hoje não ter aprendido a digitar sem olhar para o teclado é absolutamente frustrante.
Acabei de lanchar um pastel de forno recheado com brócolis. Fiquei com uma vontade de arrematar com uma fatia de Marta Rocha. Maldita dieta!!!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Estou há uma hora vendo o programa Rei Majestade do SBT. É uma competição entre os mais decadentes artistas nacionais. O cenário é bizarro, a voz bizarra do Lombardi narra textos bizarros, o Silvio Santos é bizarro e agora o Byafra (voar, voar, voaaaar...) está se apresentando. Que oculta força do Universo me faz permanecer em frente à TV?

Já são vencedores (com direito a música no disco do SBT) Vanusa, Katia (a ceguinha), Marcos Sabino e Adilson Ramos (interpretou "quando Deus te desenhou").

De saco pra mala. O melhor da pastilha Valda era a latinha. Hoje, ela não existe mais, e a pastilha vem em embalagens de cigarro! Quando eu era criança não vestia roupas da Speedo porque pensava que eram do cigarro Óliú. E, quando eu era criança também, achava que aquele jingle da Valda no Silvio Santos era: "Mastiga as fralda, mastiga as fralda..."

De mala pra mochila. Parei em uma esquina. O outdoor dizia: "tire o dedo do nariz: tem gente olhando. A Printpress cuida da sua imagem" (ou coisa assim). E eu tirei o dedo do nariz.

domingo, outubro 15, 2006


Mais algumas de Buenos Aires, antes que eu me esqueça.
1) Em Buenos Aires, todo mundo que é legal tem walk-talk. Digo, Nextel. Aliás, já tinha reparado isso no Rio também. As pessoinhas acham muito legal ficar falando pelo rádio. Como a conta não aumentar com essas conversações, os bate-papos são incontáveis e/ou intermináveis. Um saco, na verdade. Nessas horas, até agradeço por viver na província.
2) Entre numa loja, em qualquer loja, de Buenos Aires. Você sairá cheio de hematomas. Os atendentes te tratam a tapas e pontapés. Te tratam tão mal no comércio bonairense quanto te tratam bem no paulistano. Nos restaurantes, a coisa é um pouquinho melhor. Um pouquinho.
3) Está certo, Buenos Aires já não tem (quase) nada do glamour que já teve. Mas convenhamos: até que seria uma cidade legal para se morar.
4) Perguntei para um passeador de cães quanto ele ganhava pela tarefa. Ele, que já está há tempos no mercado, cobra mais ou menos R$ 4 por mais ou menos uma hora e meia de passeio. O cara ainda denunciou que muitos passeadores não cumprem sua tarefa a contento. Em vez de caminharem e caminharem pelos parques para que os cachorros extravasem aquela energia que têm dentro de si (não o fazendo nos apartamentos), deixam-nos atados, parados, no cantão de uma praça escondida. Então, o passeador me contou onde é essa praça. E eu, passando de trem pelo local indicado por meu infoirmante, pude constatar a picaretagem. Dezenas, centenas de cães atados ao sol enquanto seus passeadores tomavam uma sombra.
5)Pra mim, navegar pelo Delta do Tigre é o passeio mais bacana que há em Buenos Aires. Mais sobre em cafeconmedialunas. Só deixo aqui uma dica. Em vez de pegar um barco turístico destes, com direito a guia mala e tudo, pegue uma lancha-taxi no centro do Tigre (onde tem a cidadezinha bonitinha, e não no porto de frutos). A partir de cinco pessoas vale a pena inclusive economicamente. Dá para arrebanhar companheiros no Trem da Costa, que leva até o Delta.
6) Os cães aí em cima são da raça Airdale. Amos essa raça. Eles são na verdade barbosas gigantes. Se bem que um deles tá mais para Bob Marley do que para qualquer coisa. Falando em Barbosa, ele está passando uma temporada na fazenda. Talvez não volte mais. Minha família já não consegue segurar a barra de um cão louco e violento. Por mais mimoso que ele seja.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Não vi nenhum programa eleitoral no primeiro turno. Fiquei afastado da televisão e do rádio. No dia da apuração, entretanto, me grudei no rádio, na TV e na Internet - ao mesmo tempo. Desde então, acompanhar os passos dos candidatos tem sido uma obcessão (obscenidade?), um vício maligno. Começa o horário eleitoral e corro para a frente da televisão.
Enfim, voltei ao normal. A verdade é que sempre gostei de eleição e, cada vez que entro em crise profissional, me vem à cabeça trabalhar em marketing político. De forma que é sem dor que faço breves comentários sobre os programas da Yeda e do Olívio.
- A propaganda do Olívio dá de 20 a zero na da Yeda. Estes caras que fazem a campanha do PT são craques. E os da Yeda, pobres. Um exemplo, apenas: no dia da criança, o PT fez um videozinho bonitinho cheinho de criancinhas, enquanto a Yeda começou direto com o carão do Czamansky - nada contra, gosto muito dele, é um jornalista competente e, o mais importante, gente fina pacas - e começou a falar de coisas tão objetivas quanto saúde, educação e segurança.
- Aliás, incrível como os marketeiros da Yeda conseguiram abixalhar o Czamansky - aquele batom, aquela voz suave, sei não... Agora sério: incrível mesmo é como os marketeiros do Olívio conseguiram abixalhar o Olívio. Ele tá muito bem na TV. Ponderado, interpretando bem o texto, lendo o teleprompter feito Wiliam Boner e, impressionante, sem falar nenhuma vez espraiar, cidadania, integrado e integrador...
- A Yeda demorou para responder as acusações do PT sobre a privatização do Banrisul. Na verdade, subestima a capacidade da militância adversária de criar verdades. O marketing de guerrilha do PT, batendo sempre na mesma tecla, já derrubou o Britto duas vezes e é capaz de mexer com uma eleição. Tomem nota: o bigode vai crescer e pode até assustar. Só não se elege porque se desgastou muito quando foi governador e por causa do Lula.

segunda-feira, outubro 09, 2006


Sebastião Ribeiro em pazes com a gata Elza Briseida

terça-feira, outubro 03, 2006

E o Rigotto, hein? Disse que vai ficar de fora do segundo turno. Caramba, nem uma fotinho, uma entrevista, ao lado da Yeda? Foi justamente por causa desse seu estilo, de ficar em cima do muro sempre, de evitar qualquer tipo de embate, que ele foi rechaçado pelas urnas, que deixou seus votos escorrerem assim tão fácil para o ralo da adversária. Ou alguém aí tem dúvida de que, se ele fosse um candidato mais presente, mais tenaz, se tivesse apertado mais mãos, teria ido para o segundo turno?
Já não tenho absolutamente nenhuma dúvida de que o fator "votar na Yeda (e não no Rigotto) para tirar o Olívio do segundo turno" foi disparado o que mais pesou para o resultado da eleição estadual. É impressionante o número de pessoas que me relataram ter feito isso e, inclusive, se dizem tristemente arrependidas.
Me disseram que eu peguei pesado com a Yeda. Talvez, né? Bruxa mejera com quem eu não deixaria meus filhos. Acho que vou ver os programas eleitorais dela colado à tela da TV. Afinal, de perto todo ser humano é fascinante. Espero, porque tenho de encontrar urgente alguma simpatia nela. Afinal, não posso votar no Bigode.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Quando percebi, atônito, a derrota do Rigotto, me veio à cabeça, não sei por que, aquele embate com o Garotinho, quando ele festejou vitória, mas, no último minuto, descobriu que não sabia das regras da prévia e terminou derrotado.

O feitiço virou contra o feiticeiro. Há quatro anos, Rigotto foi catapultado ao segundo turno por uma onda inesperada de votos que veio, não se sabe bem de onde nem como, nos últimos dias. A mesma na qual Yeda surfou agora. Em 2002, quando as pessoas começaram a perceber que Rigotto tinha capacidade de crescer a ponto de passar o Britto e bater o Olívio, migraram em massa para ele. Desta vez, perceberam, aos 45 do segundo, que a Yeda podia bater o Olívio e migraram, em massa, para ela.

Acho, sim, que foi a perspectiva de que a Yeda derrotasse o Olívio a responsável pelo resultado inesperado. Se todos que fizeram esse "voto útil" não o tivessem feito, Rigotto estaria no segundo turno. Embora isso possa não explicar todo o fenômeno, pelo menos 15 mil votinhos explica. É o que Rigotto precisava para estar no segundo turno.

De todo modo, essa migração geral de votos de Rigotto para Yeda só ocorreu porque o voto no atual governador não era um voto de convicção. E se isso não ocorria era porque o próprio Rigotto não é uma pessoa de convicções. Como disse um amigo hoje, ele sempre pareceu flutuar nos ventos da sorte. Nunca tomou posições fortes, sempre escorregou para lá e para cá, fez um governo sem graça e sem força. Foi vítima de si mesmo.

Gosto muito do Rigotto como pessoa. Parece um cara sério, o governador mais simpático e querido que o Rio Grande do Sul já teve. A Yeda é o oposto de tudo isso. Me causa repulsa, ojeriza. Jamais deixaria um filho meu com ela. Mas quem sabe não é de uma bruxa mejera que o Rio Grande precisa. Ao menos muitas de suas idéias não me desagradam.

Para finalizar: o Brasil merecia um segundo turno.

domingo, outubro 01, 2006

IBOPE/GLOBO MENTEM
Pesquisa de boca-de-urna divulgada pelo Ibope na noite deste domingo aponta que o governador Germano Rigotto (PMDB) lidera com 34,56% dos votos válidos. Mas é seguido de perto pelo ex-governador Olívio Dutra (PT), que tem 34,04%. A tucana Yeda Crusius (PSDB) aparece com 23,40%% e Francisco Turra (PP), com 3,72%%. Os demais candidatos somam 4,27%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela Rede Globo e foi registrada no TRE-RS.

sábado, setembro 30, 2006

Agarrate, Catalina: eu tenho uma gata.

P.S.: Agarrate, Catalina , algo como "estás sentado?".

quinta-feira, setembro 28, 2006


Saca só que massa esse pico que eu fui hoje. É a livraria Ateneo da Av. Sante Fé, em Buenos Aires. Foi montada em um antigo teatro-cine. Inclui uma cafeteria no lugar do palco que ficou fora da foto, que peguei de um site da Internet qualquer.
Nunca algo de sobrenatural havia se passado na minha vida. Minha primeira experiencia ocorreu esses dias.
Estava lendo na cama. Me deparei com uma palavra desconhecida no livro. Levantei-me para pegar o dicionário eletrônico, que estava ao lado do computador. Voltei à cama com o equipamento. Consultei a palavra que gerou a dúvida e ainda outras que surgiram. Quando fui pesquisar mais um termo, simplesmente o dicionário, que estava em cima da cama, ao lado do livro tinha sumido. Virei os lencóis, olhei debaixo da cama e nada. Foi quando a Rafaela gritou da sala: tá aqui, dizendo que o treco estava ao lado do computador. Ñ, eu ñ saí da cama nos cerca de dez minutois que se passaram entre uma palavra consultada e a outra, quando já ñ achei o dicionário.
Agora, me passou outra coisa estranha. Saí do apartamento onde estou hospedado, aqui em Buenos Aires e deixei o computador descansando. Quando voltei, estava aberta em uma janela o email que utilizara e outra com uma notícia do Portal G1, do qual eu nem sabia da existência, sobre um show dos Los Hermanos em Buenos Aires, sendo que eu nem gosto de música. Hmmm.
Óbvio, os dois episódios ñ me tornam menos cético. O primeiro foi um episódio muito prosaico, embora tenha me impressionado. E o segundo, pode ser apenas uma forma de marketing viral ou seja lá o tipo de nome que isso tenha...

segunda-feira, setembro 25, 2006

Buenos Aires é a capital mundial dos cachorros. Nao à toa, passeador de caes é uma das profissoes mais valorizadas por aqui. Eles sao, e sempre foram (nao é coisa do pós-crise) milhares e andam, cada um, com uma dezena de perros para lá e para cá. Tudo muito tranqüilo - a menos que haja um fox terrier na matilha. Também há servicos que levam os caes para passar um dia no campo. Pudera, há algo bizarro nos hábitos argentinos. O povo gosta de ter cachorros grandes. Em apartamentos. Golden retriewer (também na moda aqui), dogo argentino, airdale, dinamarquês - apenas algumas racas criadas nestas bandas. O maior problema é que os caes também cagam. E nas ruas. E ninguém recolhe. Neste ponto, nós portoalegrenses estamos bem evoluídos.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Estamos em um apartamento pra lá de gostoso. Uma sala grande, uma cozinha americana, um quarto, um banheiro, uma sacada. Sobre a mesa do estar, nos esperavam quatro Vauquueritas, sucessora da velha Vauquita, o tablete de dulce de leche mais gostoso do mundo. Também três strelitzas enormes. Na geladeira, refris e águas. Mimos da nossa tia Lisinha. E nas prateleiras, alguns livros chaves. Entre eles, "Jorge Luis Borges, Obras Completas". Amanha (argentino nao anasala e sequer admite cobrinhas para os as no teclado)termino de ler e conto tudo para vocês (claro que eles têm chapéu pros ôs e pros ês).

Buenos Aires amanheceu linda. Nada mais adequado: um dia primaveril para a entrada da primavera. Aliás, a data aqui é super bem comemorada. Nas ruas, (todas) as pessoas passam com ramalhetes de flores para lá e para cá, esbanjando sorrisos. Os adolescentes - e hoje é dia do estudante - saem mais cedo das aulas e lotam as pracas, as sorveterias e o Puerto Madero. Boa primavera, Buenos Aires.

A propósito, fico na Argentina até o dia 29. Bom trabalho, queridos leitores.

terça-feira, setembro 19, 2006


Passei o último feriadão no Rio de Janeiro. Seguem minhas impressões.
1) Já fui umas quatro vezes ao Rio de Janeiro. Cada vez que chego lá, e cada vez mais, penso: “putz, como eu queria morar aqui”. Normalmente, quando viajo, preciso de pelo menos um dia para me sentir confortável no destino. No Rio, isso nunca acontece. Na primeira aproximação da orla já me sinto em casa. E posso passar dias e dias que não me canso da beleza da cidade. Incrível.
2) Fiquei em Copacabana. Meu pai não gosta de Copacabana – pegou seus áureos tempos e agora se deprime com a decadência. Eu amo Copacabana por causa da decadência. Eu amo Copacabana e sua classe média, sua mediocridade. Eu amo a Copacabana do documentário Edifício Master, do Eduardo Coutinho, e de um livrinho chamado Ô, Copacabana, do João Antônio. Eu a amo a Copacabana das putas e dos velhinhos e especialmente a Copacabana dos gambás que tomam cerveja nos botecos de esquina com a camisa do Flamengo.
3) Melhor programa para uma tarde, especialmente se for chuvosa e especialmente se for de domingo: tomar um café na cafeteria da Livraria da Travessa de Ipanema – a que fica mais para o lado do Leblon. Imperdível.
4) Os ventos do mar nos trouxeram, a mim e à Rafa, uma vontade incontrolável de comer sushi. Em Ipanema, onde as pessoas são finas e têm tatuagens, abordamos todos que nos pareceram simpáticos para perguntar qual era a boa dos japas. Tanaka, nos indicaram. Fomos. Vista pra Lagoa, bom atendimento, bom tempurá de sorvete. Sushi regular.
5) No outro dia, Seu Manolo, um motorista de carro de madame, nos indicou outro japa. Azumi, se chama. Fica em Copacabana, Av. Ministro Viveiro de Castro, acho. Parada obrigatória de grandes executivos japoneses, contou. Fomos. É uma boca muito roots e muito in (para o Carioca: japonês de raiz e na moda). Um misto de Madame Sakae e Temari da Protásio. Você entra para uma porta e desce. Dentro do “buraco”, o staff só fala japonês entre si. Há muitos balcões e poucas mesas. O sushi é sem frescura, mas o peixe é fresquíssimo. No combinado, vem mais sashimi do que sushi. E de sobremesa – lembranças da Madame Sakae – só sorvete ou doce de feijão (bleargh). Como não pedi nenhum dos dois, um dos japa-cozinheiros me deu – de graça – uma batata-doce assada! 6) Gosto de fazer compras no Rio. Por dois motivos: o primeiro é passear pelas vitrines de Ipanema sabendo que a uma quadra está o mar. O segundo é a Elle et Lui. Sou viúvo da filial do Iguatemi, fechada lá pelos idos dos anos 90. Adoro as pólos com selinhos bleu, blanc, rouge.
7) Vocês sabem que eu adoro praia. Desta vez, consegui passar só uma hora na areia. Lamentável. Passaria os dias inteiros. Gosto ali do posto nove, dez, mesmo. Você chega, pega uma cadeira e só fica mandando o moleque baixar caipa e biscoito Globo. No final, o dono da banca pede para você fazer a conta de quanto deve. Carioca é muito gente boa.
8) O Rio é lindo. Mas Niterói é tão lindo quanto. Sem contar a simpatia da cidade. A vista para o Rio, a tranqüilidade das amendoeiras das ruas de Icaraí, o museu do Niemyer, tudo, tudo, tudo é encantador em Niterói. Sem contar uma praia que tem mais para longe do Centro que se chama Itacoatira e é uma das mais lindas que conheço.

Girinos cantando. Uma homenagem a Isabel Marchezan.

segunda-feira, setembro 18, 2006


Meu blog está com poucas visitas. Negócio é apelar pro sensacionalismo.

sábado, setembro 16, 2006

Mil sonhos, mil lembranças, mil posts, mil crônicas, mil cenas, mil planos, nenhum sono.

quinta-feira, setembro 14, 2006


A gente gasta uma fortuna em revistas para babar com as casas mais fantásticas do mundo. Viaja e visita as construções mais legais de cada lugar, porque faz parte da profissão da mulher e, enfim, porque é belo - e divertido. Morre de vergonha de Porto Alegre ao ver os prédios de Londres.
O que a gente nunca imaginaria é que aqui, bem pertinho, na Capital dos Gaúchos, encravada no bairro Menino Deus, tem esta coisa aí ao lado. Uma casa premiadíssima e de encher os olhos e aguçar a imaginação de qualquer um.
Por favor, alguém me diga o endereço desta escultura.
Quem quiser saber mais sobre o projeto é só acessar esta página

A Rafa foi a um aniversário. Não pude acompanhá-la. Fiquei no trabalho. Encontrei-a em casa, depois da festa. Fui pegar uma água. Eis que me deparo com a cena ao lado. Eu amo ser casado com esta mulher.

terça-feira, setembro 12, 2006

Oi. Hoje (terça) tem um coquetel informal para quem quiser bater um papo com meu pai, que, sim, é candidato de novo. Se quiser aparecer, estarei por lá. Se não quiser aparecer, mas quiser votar, o número é 23.023 - PAULO ODONE. Abração, Sebastião.


COQUETEL
Dia 12/09, às 20:30h
Café do Lago
Dj Rodrigo Ayala
Dj Federico Barco
Convite R$3,00

P.S.: Prometo para breve um post sobre minha ida ao Rio, como fiz quando fui para São Paulo.

terça-feira, setembro 05, 2006


Foto inédita da barata.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Não percam minha entrevista no Blog da Expointer. Ir em Clicrbs,Blogs, Blog da Expointer.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Convite, convite, convite. Estão todos convidados. Para o lançamento do livro Tropeando. São cronicas campeiras do Fernando Adauto, um grande amigo. A propósito, eu editei os textos. Ficaria contente se voces comparecessem. É na quinta-feira, 19h, e parece que tem até show do Lúcio Yanel e do Gilberto Monteiro. Na Casa da Farsul na Expointer.

sábado, agosto 26, 2006


Deu bode. A Expointer nem começou e eu já estou destruído. Reparem na sucessão de desastres desta sexta-feira.

1) Saí para o Parque Assis Brasil, em Esteio, todo faceiro, com minha Pentax digital. Logo me dei conta que ela estava estragada. Frustração total.
2) Perdi no parque o meu melhor (e mais caro) agasalho. Um suéter azul marinho de linho Ralph Lauren que já tenho há cinco anos mas ainda parecia novo.
3) Liguei para uma amiga para que ela ajudasse o fotógrafo de ZH a achar uma fonte do qual bateria uma foto. Desliguei e orientei o retratista: "é fácil achá-la, é uma muito gorda". Ele voltou com um recado da amiga: "diz pro Sebastião que muito gorda é a mãe". Escutara o diálogo pelo celular.
4) Todos os cinco computadores da redação da Casa RBS em Esteio estavam ocupados. Recorri a uns terminais dirigidos aos visitantes para bater minha matéria. Fiz um texto enorme e na hora de enviar... o computador não acessava a Internet. Depois de 20 minutos de desespero, o técnico resolveu a bronca.
5) Precisava que um fotógrafo ficasse comigo até à noite para fazer um remate para o qual estava escalado. Os dois que estavam no parque foram embora e me deixaram - mais minha colega - na mão. Um outro profissional teve de se deslocar de Porto Alegre para a tarefa, atrasando nossa saída de Esteio.

Haja bom humor (e remedinhos) para enfrentar isso e não surtar.

segunda-feira, agosto 21, 2006

E a esquina da Lucas com a Protásio, hein? Duelo de gigantes. A Guarida montou uma loja bonita ali. A Auxiliadora Predial está construindo um mega-hiper-ultra-prédio do outro lado da rua. Aposto que saem ganhando as duas (embora eu as odeie).

quinta-feira, agosto 17, 2006

Vocês não acham que o Manoel Carlos pesou a mão no dramalhão desta novela das oito?

quarta-feira, agosto 16, 2006

Ontem, a Marta Gleich, editora da Zero Hora, olhou pra mim, olhou pra Bela, minha chefe, e lascou:
- E aquele guri, não pode?
- Acho que ele é meio parcial...
- Não posso o quê? - intervim.
- Cobrir o jogo do Inter amanhã. Movimentação ao redor do estádio - respondeu a Marta.
- Ah, que pena, adoraria, mas tenho viagem marcada para São Gabriel, uma matéria da Expointer que estou fazendo.
Sim, arrumei uma pauta em São Gabriel quarta-feira. Boa sorte, colorados. Boa sorte, tricolores. Só me deixem fora desta.

A propósito: o Rodrigo Müzell foi escalado para a cobertura futebolística.

sexta-feira, agosto 11, 2006


Minha paixão de infância, Maria Joaquina, do Carrossel, cresceu. Em uma lista de e-mails, já disseram que ela fez Amigas e Rivais, no SBT, e que tem Aids. Não sei o que é verdade ou boato. Só sei que ela está com tudo.
Meus esforços para ser atendido por e-mail e a lista negra das imobiliárias de Porto Alegre.

Auxiliadora Predial – A maior e a pior imobiliária em termos de atendimento ao cliente. Mandei um mail pedindo auxílio para uma corretora. Não houve resposta. Enviei reclamação para o mail de um gerente ou diretor. Não obtive rertorno. Por fim, solicitei umas informações referente ao meu aluguel (eles que administram) pelo site e fui ignorado.
Comerlato - Eficiente. Mandei mail com minhas demandas. O corretor Marcio Oliva respondeu. Mantivemos contato por e-mail, mas até agora nada me interessou.
Noblesse – Também eficiente. Nessa, o contato começou por telefone. Sugeri negociação por e-mail. Troquei mensagens com corretor Jorge Miranda. Chegamos a visitar uma cobertura na Bagé. Eu me apaixonei; a Rafa detestou. Nada feito.
Attive - A mais fantástica e eficiente de todas. A única que lê o pensamento dos clientes. Nem mandei mail para eles e o corretor, Luyz Ferreira, estabeleceu contato. Assim, do nada - eu sequer tinha conhecimento da existência da imobiliária. Inexplicável. Mas nem questionei, fingi que era normal e mantivemos a negociação por e-mail.
Guarida – Pedi ajuda para achar o apartamento. Responderam pedindo meu telefone e só. Reclamei. Me deram resposta, mas ainda não mandaram sugestões (talvez não tenham mesmo).
A3 – Horrível. Mandei e-mail pedindo auxílio. Não obtive retorno. Enviei reclamação para o mail da gerência. Não obtive retorno.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Pronto. Desisti. Joguei a toalha. O Inter é campeão da Libertadores. Que bom se fosse assim. Mas tem sempre aquela desgraçada daquela mosquinha enchendo o saco: "e se... Imagina, hein, Sebastião, e se..."

quarta-feira, agosto 09, 2006

Fui ao Sarau Elétrico. Primeira vez. Bem legal. Mas achei que o público participasse, lendo, interpretando algumas passagens de livros. Kátia Sumans fora, a Gillez tocou. E empolgou. Enquanto isso, uma gata deu em cima da minha gata. Que não correspondeu, apesar de meus apelos para que desse corda. Não perdia por esperar o momento em que eu interferiria na paquera e diria: "olha, gata, pra levar ela, só comigo junto". Mas a Rafa é muito pudica. Jamais aceitaria. Ainda assim, eu a amo. Óbvio.

I Bienal de Design. São Paulo. Desenhista Roberto Brazil. Clássico. Lindo. Sem palavras.

segunda-feira, agosto 07, 2006

- Hmmm, tia, que delícia esse seu bolinho de bacalhau...
- Vai lavá as mão, guri, que o bolinho é de batata!
(By Tritter)



Webserviços - Alerta Gol

Olá, Ribeiro/Sebastiao.

Obrigado por comprar sua passagem na Gol Linhas Aéreas Inteligentes.
Você optou por voar com qualidade.

DATA VÔO PARTIDA CHEGADA ESCALAS
20SET06 7458 Porto Alegre 09:00 Buenos Aires 10:40

27SET06 7459 Buenos Aires 21:00 Porto Alegre 22:30

TOTAL 1 PASSAGEIRO(S) TARIFA: 353.32
PAGAMENTO Mastercard TAXAS: 81.00 (Tx Embarque)
21.70 (Imigração/Alfândega)
5.50 (Força Aérea/AR)
TOTAL: R$ 461.52

NOME DO(S) PASSAGEIRO(S):

SEBASTIAO RIBEIRO

domingo, agosto 06, 2006

Carta que enviei às imobiliárias:

Eu tenho 27 anos. Minha mulher, 30. Moramos em um aconchegante apartamento no bairro Petrópolis. Só que o imóvel é alugado - desperdiçamos 850 reais por mês que poderiam estar sendo usados em uma prestação. É hora de termos a "tão sonhada casa própria", como dizia o Silvio Santos.

Começamos a busca há uns três meses. Só não compramos uma coberturinha bem bacana porque o banheiro era pequeno, mas a maioria dos apartamentos que visitamos não agradou. Entramos na Internet seguidamente. Mas é impossível monitorar as ofertas toda hora. Por isso, passamos nossos telefones para corretores, para que avisassem de novidades.

A emenda ficou pior que o soneto. O telefone da minha mulher não pára de tocar. Cada vez mais gente oferecendo mais apartamentos menos condizentes com a nossa demanda. A grande maioria dos profissionais segue aquele estereótipo antigo. São muito chatos, sempre forçam a barra com ofertas desinteressantes, e dizem que qualquer imóvel "é diferenciado", que não "há oferta igual no mercado", etc....

Fugindo disso, resolvi eu mesmo cuidar da busca. De uma forma diferente, que para mim já não tem nada de diferente e é pra lá de banal: por e-mail. Mandei alguns e-mails para imobiliárias, inclusive a sua, pedindo que algum corretor se dispusesse a ficar de olho nas ofertas, me repassando sugestões via Internet. Estou 90% do tempo conectado. Um e-mail vale mais do que uma conversa por telefone para mim. Para todos os meus amigos - a maioria publicitários e jornalistas também em idade de procurar o primeiro imóvel - as coisas são assim. Estamos em contato permanente pela rede e não é preciso uma ligação para confirmar o happy hour já acertado via web.

No entanto, não obtive retorno da sua imobiliária. A primeira resposta que veio ao e-mail foi "qual seu telefone?". Eu dei, pedi moderação nas ligações, e, após, nenhum corretor estabeleceu contato.

Portanto: será que vocês estão preparados para atender à minha geração? Isso é ao mesmo tempo uma sugestão e uma reclamação.

Grato pela atenção, Sebastião Ribeiro.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Ela trabalha a cinco metros de mim. Vive enchendo meu saco (ou seria o contrário?) Chora para trocar um plantãozinho noturno. É arisca barbaridade. E eu nunca imaginava que pudéssemos ter algo tão importante em comum. Post do blog dela:

pra quem ainda não sabe...

se tem uma coisa que não gosto é do "sério? tu não gosta mesmo de música?".
sim, é sério. e me amem ou me odeiem, mas não me incomodem por causa disso. tá?
pronto (ou ponto?). desabafei.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Corretores de imóveis, com exceção do pai do Vicente e dos pais de todos os outros meus amigos que trabalham na profissão - são chatos e sem noção. A Rafaela, coitada, deu o telefone para uns quantos e os caras não param de ligar com ofertas qUe não têm nada a ver com a nossa demanda. Para terminar com essa chacrinha, decidi que só negocio por e-mail. Mandei uma mensagem para as principais imobiliárias da cidade explicando a minha situação, dizendo que a negociação via Internet seria bem mais frutífera, etc... Todos me responderam assim
"O Senhor poderia passar o telefone para termos um tratamento mais personalizado?".
NÃÃÃÃO, POR DEUS, NÃO! EU PODERIA PASSAR MEU TELEFONE, MAS VOCÊS NÃO PODERIAM ME LIGAR!!!

sábado, julho 29, 2006

No fundo, nem tão fundo, uma flauta e como se fosse natural. Por uns bons cinco minutos, consegui ler, um livro qualquer, não importa. Até que uma seqüencia de notas parou o tempo. O hino riograndense, em um ensaio infantil, mas podia ser qualquer outra melodia conhecida. Foi só a familiaridade do som que me despertou e já não dava para continuar. O sopro da flauta congelava e, de repente, ali, toda a minha vida, todas as vidas encerradas naquele quarto, naquele instante. Uma casa catarina, uma cama de tábuas, o lençol, o edredon e eu jogados pelo colchão e o universo todo. Tudo.
Na rua, a flauta e a gritaria das crianças brincando ao fundo, bem fundo. E também o vento, a cortina voando, mas mais do que movimento, barulho das folhas e são tantas. E mais longe, bem dentro, as ondas, o mar da Gamboa. Eu sorri e apenas sorri e só sorri. Até que veio aquela tentação de agarrar o momento, guardar para sempre, dividir com os outros. Um bloco de papel, uma caneta, onde?
Aqui, só lap top. Tirei da pasta, liguei na tomada e quando - tudo tinha terminado. A flauta já não tocava e na sala alguém colocara Claudinho e Bochecha.
Já era. Pelo menos foi.

sexta-feira, julho 28, 2006

E então eu estava revisando uma página e pintou a dúvida. O general farroupilha seria Antônio de Souza Neto ou Antônio de Souza Netto? A favor da primeira opção pesam 9.250 citações no Gioogle e livros de história consultados. A favor da segunda, 365 citações no Google, o filme "Netto perde sua Alma", que tem o general como personagem, e citações em livros. Alguém explica?

quinta-feira, julho 27, 2006

Minha mulher está com uma caixa de Sex and the City em casa. Assisti pela primeira vez ao seriado. É um Confissões de Adolescente dos anos 2000. Talvez piorado.

quarta-feira, julho 26, 2006


Cogumelos flagrados pelo celular em rua de Porto Alegre.

segunda-feira, julho 24, 2006


1) Fui a São Paulo a passeio, entorpecido pelo jingle “Porque São Paulo é Tudo de Bom” e imbuído desse espírito. Não sei por que, achava que lá encontraria coisas que nunca vira. Prédios assustadoramente grandes, lojas inebriantemente lindas, ruas despudoradamente chiques.
2) Nesse sentido, voltei decepcionado. São Paulo é uma cidade como outra qualquer. Com menos verde e bem mais feia do que Porto Alegre, que já considero feia. Apesar de ser uma megalópole, não tem nada de tão diferente. Apenas as coisas na capital paulista são um pouco maiores. Confesso que minha visita serviu para desfazer uma fantasia de morar e viver lá (agora que conheço, só por muito dinheiro iria).
3) A Oscar Freire é uma e Padre Chagas com uns quarteirões a mais e um charme a menos. A 25 de março é uma grande Voluntários. O Mercado Municipal é o nosso Mercado Público, com arquitetura mais bonita, mas bancas menos requintadas. Vila Madalena é uma imensa Cidade Baixa. A Gabriel é uma Quintino Bocaiúva mais rica, e assim por diante.
4) Sabem o que falta em São Paulo? Cafés. Na terra do café, não existem cafés. Um lugar para sentar, ler um jornal, ver a vida passar, tomando um capuccino e comendo uma cheese cake. Juro, o único café bacana que vimos foi um bem pequenino, da Empório Armani.
5) Não achei o trânsito em São Paulo assustador. A não ser os motoboys que, além de serpentear, se sentem no direito de viver com a mão na buzina tornando as ruas um inferno.
6) Ficamos perto de Congonhas. O taxímetro em São Paulo anda muito ligeiro e a corrida até o Centro saía perto de R$ 35. Gastamos demais em táxi. Teria valido mais a pena alugar um carro.
7) Teve um único lugar que me impressionou e tirou o fôlego. Algo que eu realmente nunca tinha visto ou imaginado em termos de estilo e beleza. O Hotel Unique. Estava dentro da programação da Rafaela. O projeto é do Rui Ohtake e o interior, do João Armentano. O recepcionista, extremamente simpático, nos levou até para ver os quartos – a partir de R$ 650 a diária. Mas o mais fantástico é o bar do terraço (foto). Conhecia pelas revistas, mas, ao vivo, é um dos lugares mais lindos que já vi. Vivemos momentos mágicos. Um Dry Martini, uma champagne, um temaki maravilhoso e mais barato do que o do Sakura (R$ 8) e a vista da Paulista. Tudo de bom.
8) No mais, fomos ao Pátio do Colégio, Mosteiro de São Bento, Casa Cor, Estação da Luz, Pinacoteca (show!), Mercado Municipal, Masp, Restaurante Spot, Vila Madalena (Bar São Cristóvão), Ibirapuera (Bienal de Design), Oscar Freire (destaque para as lojas Club Chocolate e da Melissa), Sesc Pompéia (as pessoas usam os espaços culturais de verdade!).
9) Em nenhum outro lugar do mundo fomos tão bem atendidos como em São Paulo. Em todas as lojas e restaurantes fomos muito bem tratados. Além do que, comprar nos Jardins sai mais barato do que nos Moinhos.
10) São Paulo não chega aos pés das outras grandes cidades que conheci – Rio, Paris, Londres, Buenos Aires ou Roma. Mesmo assim, tenho vontade de voltar muitas e muitas vezes. Ainda mais que lá tem o Emiliano, o Gallas, a Renata e outros queridos amigos como Zozô e René, que nem pude ver nessa curta estada. Fica para as próximas. E que sejam muitas.

sexta-feira, julho 21, 2006

Mãe, Maria: o blógui da Tica experimenta uma surpreendente e agradável recuperação. É, talvez nem tudo esteja perdido por aqui...

quinta-feira, julho 20, 2006

Eu odeio esta reporterzinha do Jornal da Globo que fala cantando. Eu odeio estes brasileiros que se enfiaram no Líbano e agora querem voltar. Eu odeio não poder tomar champagne porque o estômago dói. Eu odeio a geladeira vazia. Eu odeio sobremaneira o regime que me impede de comer chocolate Lindt. Eu odeio ter de dormir cedo para acordar cedo. Aliás, depois da classificação do Inter, eu odeio quase tudo.

quarta-feira, julho 19, 2006

Gente, tou nervoso. Passei por este blógui há pouco. Na tentativa desesperada de salvá-lo, cometi um gesto tresloucado. Coloquei a letra de Oh Milla (Praia da ferrugem, 1998). No mais, uma foto com a Rafa para manter o desembalo, reaproveitamento do ZH Petrópolis, o batidíssimo vídeo do Vanucci. Meu blógui agoniza. Na cama, antes de dormir tantos projetos de posts bacanas. Na frente do computador, um vazio total. Socorro.
Gente, que desespero: minha pança tá crescendo de novo. Pelo amor de deus, alguém faz alguma coisa.

segunda-feira, julho 17, 2006

Tudo começou
Há um tempo atrás
Na ilha do sol
O destino te mandou de volta
Para o meu cais

No coração ficou
Lembranças de nós dois
Como ferida aberta
Como tatuagem

Oh! Milla
Mil e uma noites de amor com você
Na praia, num barco
Num farol apagado
Num moinho abandonado
Em Mar Grande, alto astral
Lá em Hollywood, pra de tudo rolar
Vendo estrelas caindo
Vendo a noite passar

Eu e você
Na ilha do sol
Na ilha do sol

sábado, julho 15, 2006


Porque São Paulo é tudo de bom!

sexta-feira, julho 14, 2006

Saiu a quinta edição da Revista Dois Pontos.

terça-feira, julho 11, 2006

Não sei por que, mas perdi meus contatos no MSN. Vocês podem adicionar sebastiao.araujo.ribeiro@hotmail.com?
Enquanto não posto algo bacana sobre minha recente passagem por São Paulo, vai um videozinho, enviado pelo Leo, do Vanucci apresentando o programa bêbado. Reparem no soluço quando ele fala "futuro".

quinta-feira, julho 06, 2006

Não perco por esperar

A matéria sobre os investimentos do Ronaldinho e do Assis no La Barca, proeminente puteiro do mercado porto-alegrense.

quarta-feira, julho 05, 2006

Deu no ZH Petrópolis

Casinhas e mercadinhos
Sebastião Ribeiro*
É impossível passar batido por estas casinhas do Petrópolis. Não que sejam bonitas ou tenham algum valor arquitetônico. Pelo contrário. Me fascinam as mais simples e toscas.
Em meio aos edifícios cada vez mais altos (por que tantos andares?),lá estão elas, um nível abaixo da calçada, paredes de madeira, telhas desencontradas. Às cercas, sempre um, dois, três cuscos acodem quando o caminhante passa. Chegam latindo, dentes rangendo. Um pouquinho de atenção do viajante, e o rabo já balança, enquanto o rosnar se transforma em apelo de mais, mais, mais carinho. Pregada aos portões de entrada desses casebres, é comum haver uma placa, letras pintadas a mão livre: "conserta-se bicicletas", "fazemos cercas de bambu", "aqui, costureira", "lavanderia", "oficina". Nos dias de sol, é fácil ver senhoras na varanda, encobertas pelo verde que cresce vistosa e desorganizadamente pelos pátios frontais,colocando água com açúcar nos bebedouros para beija-flores.
Ando pelas ruas do Petrópolis – e como é bom andar por elas nos dias ensolarados de inverno! – e tento adivinhar vidas. Quem são as pessoas que vivem nesses casebres? Será que se viram só com o dinheiro ganho prestando serviços no lar ou de alguma aposentadoria do INSS? Por que não vendem esses terrenos? Sabem que cada lote vale centenas de milhares de reais, que há incorporadoras de olho em cada metro
quadrado do Petrópolis? Ou será que todas essas famílias moram em terras sem escritura, invadidas?
Só sei que são umas resistentes, estas casinhas de Petrópolis. Assim como o são os armazéns. A umas três quadras da minha casa, há um mini-mercado por esquina, inclusive o de nome mais criativo: Armazém da Esquina. E são tão parecidos, os mercadinhos do Petrópolis. Sempre uma iluminação lúgubre e um gringo italiano atrás do balcão – "son quantos gramas de salsichon, mesmo, senhora"? Nas prateleiras,
ostentam produtos que nem sabia que ainda existiam – frascos de Creolina, Anil Imperial, Ri-Do-Rato, pão-cabritinho: que nostalgia! Se é que é possível ter nostalgia de um tempo que não vivemos. Em alguma gaveta, nunca falta o caderninho molambento, com as dívidas de cada um. Acho tão bonita esta história de conta no armazém – no início do século 21, era da informática, tempos de corrupção e bandalheira no país, um rabisco a lápis ainda é compromisso nos mini-mercados do
Petrópolis.
Vez ou outra, uma casinha de madeira é demolida para dar lugar a um espigão. Ou um armazém fecha as portas, pressionado pela concorrência dos supermercados. Infelizmente, o bairro está mudando. Mas quanto mais edifícios e supermercados surgem, mais bravos e fascinantes me parecem as casinhas e os mercadinhos que resistem.

*Repórter de economia de Zero Hora, morador do Petrópolis

terça-feira, julho 04, 2006

Por que raios estes maledetos vibram tanto com a Itália aqui na redação? Que raiva!

Enterro ou cremação?

Morreu o avô de uma amiga. Foi cremado em Porto Alegre, fato que muito satisfez a neta. Não que desejasse a morte do velho, mas gostou da cerimônica no crematório.
Agradou-me também o velório e a cerimônia ecumênica dos quais participei, não como protagonista, no Crematório Metropolitano. Mas não dispenso as rezadeiras resmungando e o frio do cimento batendo na laje do enterro tradicional: pleft, pleft, pleft. É menos ascético e mais tocante do que a cremação.
Embora haja algo que ache nojento no método mais antigo. Não no método em si, mas nas condições nas quais ele é praticado na Capital. É que os cemitérios daqui são muito sujos, há baratas nos velórios e elas se alimentam dos mortos. Pelo menos o avô da Mirella está livre disso.

quinta-feira, junho 29, 2006

Dizem que se uma pessoa se esforça para repetir algo por 21 dias, isso se incorpora na rotina. Ou seja, deixa de ser um sacrifício. Mas como neste mundo alguém consegue se acordar por 21 dias antes das 11 da manhã?

domingo, junho 25, 2006

Oi. Tudo bem? Meu nome é Sebastião. Sou dono deste blógui. Passei aqui só para dizer que também estou colaborando no www.linhaburra.blogspot.com. Passa lá.

sexta-feira, junho 23, 2006

E eu acho que em época de Copa do Mundo todas as mulheres do mundo (eu disse to-das), mais os gays, alguns metrossexuais e o Solon deveriam simplesmente desaparecer. Se não der para sumir por um mês, sugiro desaparições estratégicas nas horas de jogo. E abstenções nas conversas sobre futebol.

Simplesmente não aguento mais esta barba. Coça, pinica, me faz sentir velho e sujo. Mas tenho preguiça de tirar. Posso roubar a máquina do meu cunhado, mas a operação dá um trabalho... Sem contar a sujeirama. Certo mesmo seria eu comprar uma máquina própria, mas custa caro. Nos camelôs, até que sairia barato, mas sou contra o contrabando (será que os dois contras não viram a favor, tipo menos vezes menos?). Usar tesourinha, nem pensar. Aliás, nem tenho tesourinha, a única que tive era da minha mãe e era curva, tem formato de unha, e não de barba. Enquanto isso, vai ficando, vou ficando... mulambento.

quinta-feira, junho 22, 2006

Porra, já botei dois links pra bosta do mosquito ringtone e os dois pararam de funcionar depois de indicados aqui no blógui. Que merda! Eu enchi o saco. Vai tu mesmo lá no google e bota "mosquito ringtone" e tenta escutar. Meu pai não conseguiu e disse que a gente tava tirando onda da cara dele.

quarta-feira, junho 21, 2006

1) Minha posição predileta é: na horizontal. Sempre. Noite e dia.
2) O link lá de baixo (do Isto é incrível) não funcionou. Aqui vocês podem testar o toque de celular que só jovens devem ouvir. http://www.ringtonesgalore.co.uk/enhanced/animal-soundbites/mosquito/mobiletonescom/

sexta-feira, junho 16, 2006

Abriu a liquidação da Quincy Store. 50% em roupa de homem (e de veado também). Vou rápido para casa. Pegar uma cadeirinha de praia e acampar na frente da loja. Quando abrirem a porta me atiro nas camisetas. É MINHA, É MINHA! 
Ah, o Barbosa cruzou. Com uma guaipeca preta, cara e perna dourada, lá de fora. Minha família o flagrou grudado, buda com bunda, tico com xeca. Então ele olhou com olhos de súplica para meu pai e perguntou:
- E agora, o que eu faço? Me tira daqui.

quinta-feira, junho 15, 2006

Isto é incrível. Parece o apito pra cachorro dos Simpsons. Chamem velhos e moços para testar.

sexta-feira, junho 09, 2006

Os melhores jogos de videogame, por console (o que era "console" mesmo? Está certo o uso da palavra? Nesse caso, o correto não seria "plataforma"?)

MSX - Abadia del Crimen (O Nome da Rosa)
Atari - Decatlon
Nintendo - Maniac Mansion
Master System - Jogos de Verão
Super Nes - Super Soccer

Obs.: Quem nunca ficou com as mãos calejadas por causa do Decatlon? Abadia eu jogava na casa do Marco Centeno, ele que entendia tudo, mas eu me divertia muito, mesmo sem tocar no teclado. Maniac Mansion foi o que fez eu trocar o Master pelo Nintendo. Jogos de Verão por meses a fio reuniu uma boa patota na minha casa - dava para oito competidores ao mesmo tempo. De Super Soccer eu era o mais habilidoso dos jogadores.

segunda-feira, junho 05, 2006

Comprei um celular que é uma fortuna. Já disse. R$ 516. Está certo, não paguei, foram os pontos de mamãe. Mas não precisa contar para eles. Faz de conta que investi meio salário no aparelho.
Optei pelo mais colorido, com "tela" larga e definida. Uma beleza. Impossível sentir saudade do LG, certo? Errado, senão eu não perguntaria "certo?". Ocorre que quando eu fico amuado, gosto de jogar joguinhos ("jogar, joguinhos"!). E desde que descobri os downloads de celular, os games voltaram a fazer parte da minha vida.
No LG, baixei pelo menos três. O primeiro foi o Futebol CBF. Gráficos primários, variações de jogadas poucas, mas bom grau de dificuldade. O que garantiu um certo envolvimento com o software, uma vez que costumo jogar até "virar".
O segundo, foi o mais desastrado. Rocky, o Balboa. Joguinho de boxe - adorava um do gênero que tinha no flíper (não o golfinho, o "ama"). Na primeira vez que usei, já virei. derrubei de Apolo a Ivan Drago em uma tacada só. Quando percebi a facilidade, queria jogar o aparelho na parede. R$ 9,99 por dez minutos de divertimento. Mas o que fazer, pedir o dinheiro de volta? Senhor, não posso estar fazendo nada se o senhor é muito habilidoso.
Depois, baixei o melhor de todos. California Games. Jogos de Verão, em português. Imperdível. Igual ao do Master, mas ainda melhor. E sete modalidades para "virar". Viciei mesmo foi no surf. Altas ondas, u-hu! Jogabilidade nota dez. Engraçado, antigamente eu sabia o que era "jogabilidade", sempre um dos quesitos nas análises das revistas de videogame. Hoje, já não sei. Mas posso afirmar a jogabilidade do surf é maravilhosa. Levei mais de mês para "virar". Até que um dia consegui a nota dez de to-dos os juízes. O segredo é o tubo. O tubo conquista os jurados. No fim, conseguia ficar no tubo por um minuto e meio - o tempo de cada onda.
Agora, com o novo celular, estava pronto para novas aventuras. Gosto de jogos de esportes e fiquei a fim de baixar um de queimada. No Nintendo tinha um bom game de "caçador". Resolvi tentar. Fui nos downloads e... surprise: só três jogos para baixar. Futebol CBF, um lá do Pelé e outro do Código da Vinte (e eu dou trinta).
Liguei para a Vivo. A mocinha disse que "é porque nós precisamos estar testanto os aplicativos para cada modelo e o seu é novo e ainda não tem todos os jogos à disposição". Ora, vá tomar no seu cu! Então eu gasto R$ 519 para comprar um celular e vocês não sabem rodar nem o Tetris nele? Se foder...

domingo, junho 04, 2006

Ossos do ofício. Domingo, 21h.
 
- Alô.
- Boa noite. Secretário Quintiliano Vieira?
- Sim. Ele mesmo.
- Hmmm... Desculpa por ter de lhe fazer uma pergunta tão prosaica...
- Tudo bem.
- O senhor continua de bigode?
- Sim. Continuo.
 
Em tempo, ZH estava publicando uma foto dele e fiquei na dúvida se ele não tinha tirado o bigode. Fica chato quando se publica a foto de um cara barbudo e ele já está com a barba lisinha, por exemplo.
 
 

quarta-feira, maio 31, 2006

Mina mãe tinha 140 mil pontos acumulado. E eu, recém perdido o celular. Fechou todas. Fomos à Megastore Vivo.
- Qual celular podemos levar com esses pontos?
- Qualquer um.
- Nos vê o melhor.
- É esse aqui. Boa escolha!
Agora tenho o 6265 Nokia (sou meio fã da Nokia). Na primeira noite, dei pulinhos ao receber uma foto por bluetooth. Na segunda noite, magoei ao descobrir que meu celular não envia arquivos por bluetooth (só recebe). Há duas semanas, eu nem sabia o que era bluetooth. Quem foi que disse que a vida moderna e o capitalismo geram sempre novas necessidades e novas frustrações?
Ó, atendendo ao pedido de todos...
 
A Revista Dois Pontos chega a sua quarta edição com uma novidade. A 
publicação agora está disponível online. No entanto, os usuários que 
baixavam os arquivos para colecionar continuam tendo essa opção. O 
conteúdo pode ser visto ou baixado pelo site www.revistadoispontos.com.br.

sábado, maio 27, 2006

Número 4 da www.revistadoispontos.com.br

sexta-feira, maio 26, 2006

Que alegria!

Um almoço sob o sol de outono no Ventura, mirando os cães a passear na praça. Pratinho de moça, 221 gramas de tomate, tofu, brócoli, quiche de alho poró e mini bife de peito de frango. Um pouco de azeite, também. Só faltou um moleque para engraxar o sapato. Falando nisso, onde se compra cadarços novos?

quinta-feira, maio 25, 2006

Esses dias escrevi sobre a praça com a vista mais bonita de Porto Alegre. Pouco depois, estive na praça com a vista mais bonita de Porto Alegre. Estava abastecendo no Figueroa e resolvi só atravessar a rua e dar uma bizoiada. A primeira impressão não me surpreendeu. Eu bem que já esperava uma sujeira danada, de forma que apenas lamentei as dezenas de garrafas de cerveja da moçada que bebe maconha antes de ir para o Cord jogadas no chão. Tampouco a papelada espalhada na grama, fruto da pré-seleção para fins de reciclagem dos moradores de rua me causou impressão. Agora, uma coisa dilapidou meu coração. Nos últimos 20 anos, as árvores e os prédios cresceram um bocado e simplesmente a praça com a vista mais bonita de Porto Alegre não é mais a praça com a vista mais bonita de Porto Alegre.

quarta-feira, maio 24, 2006

Sabia que esta encuesta sobre cães ia render. Só lamento que as pessoas tenham cedido a modismos na hora de responder. Labrador é o cão da moda. Nem deveria estar ali. Assumiu o lugar dos dobermans e pastores alemães na década de 80. Falando sério, nada contra os labradores, mas para mim nem cachorro eles são. Estão mais para répteis, até nadadeiras têm. Sobre o método para responder à questão, eu sugiro um: imagine o primeiro cão que uma criança desenha. De que raça ele é? Pensando bem, acho que é tombálata mesmo, Cássia.
Bocejo é engraçado. Soluço, também.

sábado, maio 13, 2006

Qual vocês acham que é o cão símbolo de todos os cães?

A) Labrador (o do papel higiênico)
B) Dálmata (o dos 101)
C) Basset (um menino tava na rua, começou a chover, ele abriu o guarda-chuva, entrou em um bar, pediu duas fatias de pão, uma salsicha, dois ovos fritos e uma azeitona)
D) Fox Terrier (Barbosa e Milou Milou do Tintin)
E) Salsicha (Cofap)
F) Beagle (Snoppy)
G) Bull Terrier (eleito o cão quintessencial pelo livro Quintessence)

Votem aí
... um despretencioso filé à romana do Barranco. Tri bom.

segunda-feira, maio 08, 2006

- A manhã de segunda!

domingo, maio 07, 2006

E o que sobra ao final de um domingo inteiro enfurnado na redação?

sábado, maio 06, 2006

Extra, extra! Não há mais desculpa para não atualizar esta merda. Fantástico: agora posso postar por email. E podem apostar que vou. Ah, vou. Ah, estou. 
Aos desavisados. A Rafa está expondo na mostra Casa e Companhia. O ambiente: Banho da Menina. Quem puder passa lá.
A praça com a vista mais linda de Porto Alegre é também a mais abandonada, a mais escondida e talvez a mais perigosa. Fica na esquina da Casemiro de Abreu, em frente ao posto Figueroa e ao Ipa. Acho mesmo que já falei isso aqui. Mas a vida é assim mesmo, vem em ondas como o mar num induivinduinfinitu.

quinta-feira, abril 27, 2006


O Barbosa tem raiva. Ódio mesmo. Mortal. Do Ulisses, um rico dum labrador que vive a cinqüenta metros do apartamento dos meus pais. Quando o cão bota uma pata para fora do prédio onde mora, o meu cão enlouquece. Não importa o que esteja fazendo - se comendo, se dormindo, se mordendo pedras -, abandona a tarefa para ladrar contra o desafeto. Dependura-se na janela, treme, rosna. Late,late, late. Até o labrador se afastar. Incrível é que ele sente (fareja) o exato momento da saída do cachorro. A rua tem dono, deve pensar meu fox terrier. Temo, no entanto, que tanto ódio o esteja levando a loucura. Agora, já não é preciso o Ulises sair para o Barbosa pirar. Quando a empregada que leva o labrador para passear anda pela rua, sozinha, ele procede de maneira tão violenta quanto contra o própio cão. Difícil é imaginar tanta brabeza olhando esta foto meiga aí do lado.

Ah, o velho mundo. Sou louco por ele. Esta foto aí foi tirada pela Maria.
Fiz meu imposto de renda como a minha cara (será que blogs também podem cair na malha fina da Rceita?)
Aliás, saiu o número 3 da www.revistadoispontos.com.br
Meu apartamento é simples assim: tem quarto, sala e cozinha. Quando eu passo um bife , frito um nuggets, o quarto e a cozinha ficam infestados com o cheiro da fritura, e a sala - localizada entre os dois - não demonstra sequer vestígios da graxa.
... inexplicáveis correntes internas de vento. As mesmas que fizeram a vó Conceição acender aquele palito de fósforo ao lado do fogão (com o gás aberto há horas) e imediatamente ouvir tranqüila a explosão do vidro da sala.

terça-feira, abril 18, 2006

Meu primo Dinho agora é colunista do Terra. Acessem bastante lá pros caras acharem que ele é bom mesmo.

http://terramagazine.terra.com.br/ (clicar em colunistas, Fernando Eichenberg)
Adoro cheirar no outono/inverno. Já notaram que, com o friozinho, todos os cheiros ficam mais suaves, mais delicados?

terça-feira, abril 11, 2006

Uma amiga trabalha na Brigada. Esses dias, presenciou um treinamento. Era assim:
Na fileira de trás, os brigadianos a cavalo, espada em punho. À frente dos cavaleiros e atrás dos escudos, o choque. Voltados contra essas duas linhas, alguns policiais, que, para efeito de treinamento, faziam as vezes de POVO. Munidos de várias caixas de legumes, atiravam sem parar tomates e pimentões contra os colegas. Terminada a carga leguminosa, lançaram as caixas de madeira. Ato contínuo, o choque abriu um clarão, para que cavalaria avançasse. O POVO fugiu.

domingo, abril 09, 2006

...nem faixinha de cabeça "Grêmio Campeão" os ambulantes tinham mandado fazer.

domingo, abril 02, 2006

Me sinto como Truman, o do show.

terça-feira, março 28, 2006

Saiu o numero dois da revistadoispontos. E eu estou sem acentos. Ainda bem que so precisei duas vezes ate agora. Tres. Quatro: numero so ate tres. Baixa la, Solon. Sem medo.

www.revistadoispontos.com.br

domingo, março 26, 2006

Odeio quando chamam Parcão de Parque Moinhos de Vento, Harmonia de Maurício Sirotsky Sobrinho, Redenção de Farroupilha, Encol de Carlos Arnt... Odeio, odeio, odeio.

terça-feira, março 21, 2006

É como se eu precisasse de uma revisão. Tipo de automóvel mesmo - nada de check-up médico. Só estou pegando no tranco e, quando ando, é aos trancos e barrancos. Tinha que dar uma olhadinha na lenta, na partida, na geometria, em tudo. Tou totalmente desregulado. E já vem aí a piadinha - sempre foi, sempre foi...

domingo, março 19, 2006

Já posso morrer feliz. Realizei meu maior sonho. Foi em Não-Me-Toque, na Expodireto. Dirigi um desses carrinho elétricos, tipo de golf. Todas as mulheres da feira olhavam para mim. Em breve, foto, talvez.

quinta-feira, março 09, 2006

Uns amigos lançaram uma revista de verdade. Só que digital. Eu estou ajudando. Passem lá. Tem de fazer download (dizem que isso é comum na Europa), mas vale a pena. Colecionem:

www.revistadoispontos.com.br
Voltei. Infelizmente. Das férias. Na Gamboa. Tou triste. Parece que semana que vem vou para Não-me-toque. Não-me-empolgo. Alguém saca?

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Coisa 1: estou saindo de férias. Neste instante. Os últimos dias foram dramáticos. Os segundos viraram minutos, os minutos, horas, as horas, dias. Como o coelho de Zenão, eu nunca conseguia alcançar a maldita tartaruga das férias. Parece que agora vai dar. É só eu me levantar, pegar o elevador, passar o crachá na roleta e pronto!

Coisa 2: conheci muita gente nesta vida. Depois, descobri que era demais.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Postar é como dar uma cagada. Alivia barbaridade.

sábado, fevereiro 18, 2006

À direita da saída da porta dos fundos da casa de Tramandaí dos pais da Rafa falata uma laje do piso. É um espaço de 50 centímetros por 50 centímetros com terra, no canto de um pátio calçado. Trata-se do menos de metro quadrado mais fértil do mundo. Do mundo.
No verão de 2005, a conta no aramazém da Gorda, que é parenta do Bino, que também tem armazém, a uma quadra dali, sofreu uma redução de 4%. Não foi preciso comprar um único tomate. Quando chegamos para a temporada (naquele tempo ainda se fazia temporada de praia) havia um enorme tomateiro. Um arbusto vergado de tanta fruta, com mil e uma ramificações, que deu para o verão inteiro e mais um pouco. A planta foi recebida de bom grado por todos, e não poderia ser diferente, mas instalou-se uma discussão sobre a origem dela. Até que a vó Wally matou a charada: ao lado da porta se punha o lixo e no lixo havia tomatos e tomatas, de forma que um tomato se apaixonou por uma tomata, uma sementinha surgiu e ali mesmo germinou.
Neste verão, o verão de 2006, chegamos para o primeiro fim-de-semana (já não se faz temporadas como antigamente), e novamente uma surpresa atrás da porta: um arbusto de funcho. É, funcho, tipo erva doce, pra fazer chá ou mascar feito caubói gay. Desta vez, a conta na Gorda não baixou, ninguém compra funcho, mas a discussão sobre a origem da planta voltou a se instalar rompendo a paz da família. Até que novamente a vó, desta vez a Alice, veio com a explicação. Era praxe jogar erva mate - sempre enriquecida com chazinhos - para nutrir o tomateiro, de forma que um funcho misturado no chimarrão encontrou uma funcha e deu no que deu.
Que será que as velhas vão jogar atrás da porta neste ano?

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Na sexta-feira que vem saio de férias. Treze dias. Vou à Gamboa e ao Rosa.
A partir de 10 de março, este blógui volta ao normal. Eu terei de novo Internet em casa. Cumprirei a meta de sair da cama até as 10h30min todos os dias. Estudarei inglês de segunda a sexta pela manhã. Lerei os tantos livros que se acumulam na minha cabeceira. Comerei apenas bifinho e saladinha no almoço. Inscrever-me-ei na disputa por uma vaga no mestrado. E irei ao dentista. São metas para o ano que vem, leia-se, par depois do Carnaval.
Preciso de um modem. E de um guaraná Polar. Em garrafa de cerveja.
Me emocionei – emoção de verdade, de marejar os olhos – uma única vez em Brokenass Mountain, como escreveu o Agamenon em sua coluna, que eu nem conhecia até dias atrás, afinal sou um estúpido mesmo, não sei nem distinguir o Caco Ciocler e o Caio Blat, e não tenho a mínima noção de quem seja Sandra Bulock, embora já deva ter visto mil filmes com ela, mas, enfim, isso não importa. Importa que só chorei quando Alma Jr, a filha do caubói mais legal, a bicha ativa e enrustida, personagem muito bem construído, como diria uma crítica do filme, quando a filha do Ennis del Mar disse ao pai que iria casar-se e pediu-lhe que comparecesse à cerimônia, ou seja, resumindo, que a conduzisse ao altar. Pode que minhas lágrimas tenham vindo do fato de eu já ter presenciado tantos dramas familiares semelhantes, pais que não conduzem as filhas nas igrejas, que não comparecem às formaturas ou esquecem os aniversários dos filhos. Mas o fato é que, definitivamente, não me emocionei com o amor dos gays.
Pronto, falei, como se costuma falar quando se quer falar algo que pode ser recriminado. As bichas pastoreando na montanha, as bichas rolando na montanha, as bichas se beijando na montanha, as bichas se comendo na montanha, as bichas se cheirando... nada disso me arrepiou. Pelo contrário, a verdade é que... A verdade é que eu deveria ter começado este post com a afirmação que se segue: VER AS BICHAS SE AMANDO ME DEIXOU INCOMODADO. Pode ser puro preconceito, pode ser que o diretor não tenha sabido me convencer, pode ser mesmo que a minha condição de macho não me permita ser solidário com um amor assim, arrasa rabos, pode até ser veadagem minha, mas não me senti muito confortável com Pennis e Jack.
Passei o filme inteiro torcendo contra um beijo, um afago, uma enrabada. Torci enlouquecidamente para que eles, os mocinhos (ou as mocinhas, como queiram), largassem logo a veadagem e se apaixonassem de verdade por uma mulher.
Para mim (e me perdoem se agora contradigo meu colega e também heterosseuxual Ticiano Osório), Brokenass não é uma grande história de amor; é uma grande história sobre como é foda ser veado! Ontem, hoje, sempre e em qualquer lugar.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Eu odeio a manhã. Eu odeio segunda-feira. Eu odeio gente que sabe tudo de tudo. Eu até me odeio.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Sempre ouvi falar de Ri-Do-Rato. Foi por conta de um primo meu que, pequeno, na fazenda, teria passado um dedinho no veneno e depois na boca.

- Tu comeu, Bento?
- Comei...
- Mas como, Bento?
- Com garfo, faca...
- E tinha gosto de quê, Bento?
- De boi, de vaca...

Observem, tem até rima, o diálogo que se repete até hoje na família. Apesar de já ter ouvido mil vezes o nome, nunca tinha visto Ri-Do-Rato. E sempre achei que se tratava de Ridu Rato ou Ridorrato, coisa assim. Mas do jeito que é, acho que quer dizer que o rato morre e a gente fica rindo dele, né?
Sábado, vi pela primeira vez uma latinha de Ri--Do-Rato. Foi no armazém da Gorda, em Tramandaí. A Gorda é parenta do Bino, que também tem armazém, uma quadra depois, junto da caixa d´água. O do Bino é bem melhor, mais limpinho, o da Gorda anda meio relaxado, ela misturou a venda de secos e molhados com um atacado de ração para cachorro, de forma que ficou um ambiente meio sujo e com cheiro de ração e um monte de cães e gatos em volta. Ainda assim a gente vai na Gorda, porque é mais perto.
Mas, voltando ao Ri-Do-Rato, e ao que me levou a este post, cheio de tergiversações: a marca do veneno é um clássico do design! (Não tirei fotos, tentem procurar a imagem no Google)
Ah, sobre o Bento, parece que levaram-no ao hospital de Santiago, 80 quilômetros distante, onde se verificou que ele não ingeriu o veneno ou o fez em dose desconsiderável. Está muito bem, obrigado, o meu primo.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Tá difícil postar. Estou arrasado sem Internet.
***
Mais um domingo em Zero Hora e eu aqui fingindo que é normal. Há cinco anos que faço plantões, na Band, na TVE e agora em ZH. Nunca acostumei. Fico olhando para a tela do computador, tomo um café, leio o Estadão, nada acontece e eu torcendo para que nada aconteça. Se porventura um editor gritar meu nome, meu sangue congelará por uns segundos, eu sei. É impossível encontrar uma fonte num domingo de veraneio.
***
Sim, continuo sem internet e é por isto que esta coisa está sem atualização. Em ZH, não podemos brincar de blógui e em casa, meu computador não conecta. A GVT diz que não tem nada com isso, o técnico assegura que o problema é no modem, a fabricante do aparelho me manda instalar uma nova versão do software e eu continuo sem conseguir conectar. Desesperador.
***
A máxima de que um blógui é uma terapia é tão óbvia quanto verdadeira. Nos minutos que paro para escrever aqui desconecto. De tudo. É como se eu vivesse em um barco, observando a superfície do Oceano. Postar é como mergulhar ligeiramente a cabeça na água e poder ver o que há lá embaixo. Alegoria simplória, filosofia barata, deixa prá lá.
***
Ao menos, nestas semanas sem Internet, acumulei temas para tratar aqui. Ana Gabriela, João Pedro, Flavinha e menina do Peñarol. A confissão de Martha Medeiros. Os títulos das dissertações. Me cobrem.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Winnie
Winnie tinha seis anos e cabelos angelicais. Era um doce de criança, um narizinho de batata misturado com ricos cachinhos louros. Morava com a mãe, a tia e a avó - todas muito insanas e muito bacanas - em um sobrado de classe média em um bairro de classe alta de Niterói. Era prima da minha então namorada Rebeca, com a família de quem passávamos uns dias no litoral carioca.
Foi me ver e Winnie se apaixonou por mim. Acho que com ela aprendi a gostar de crianças. Por causa dela, me dei conta que eu então já era um tio para a piazada. Pela primeira vez, estava mais para pai do que para irmão.
Não lembro bem como ela gostava de mim, as coisas que dizia. Sei que estava sempre às voltas, me convidava para brincar de boneca, pulava no colo, conversava, conversava, conversava e fazia bagunça na praia. Eu a levava para tomar banho de mar, ameaçava deixá-la sozinha no fundão. Ela andava na minha garupa na areia. Eu perguntava sobre bonecas e sobre brinquedos e fazia esforço para educá-la.
De repente, aquela menina, cujo súbito amor por mim impressionou a todos, passou a me odiar. Ódio mortal. Por nada. A família não entendeu. Eu tampouco. Fiquei muito constrangido, porque parecia que eu tinha maltratado o anjinho às escondidas. E não havia jeito de reconquistar a guriazinha. Quando fomos embora e ela tinha de voltar para o seu quarto - de onde temporariamente foi desalojada para dar lugar aos hóspedes - se negou.
- Só volto se alguém passar um aspirador pra tirar vermes deste quarto - disse no seu adorável sotaque carioca, externando todo o nojo que passou a nutrir por mim.
Nunca mais via a Winnie. Final do ano passado, me mostraram uma foto dela na formatura da Rebeca. Uma linda mulher de 16 anos, com um chapéu de caubói, e fazendo pose de sem-vergonha. Adorável e perigosa Winnie.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Tem algumas pessoas que marcaram bastante minha vida e, coisas da vida, de repente desapareceram. Gente que por alguns dias ou anos gostei demais. Amigos que hoje eu tenho tanta vontade quanto medo de rever: sei que será impossível encontrar neles traços das pessoas que amei. Porque as coisas são assim: passam.
Sexta-feira, dirigindo na free-way, em direção a Tramandaí, elenquei umas cinco figuras para citar aqui. Agora, me lembro apenas de três, melhor anotar logo antes que eu esqueça: João Pedro, Ana Gabriela e Winie. Não sei se já ou daqui a pouco ou amanhã, escreverei algo sobre cada um desses amigos que andam perdido pelo mundo, distantes, bem distantes da minha agenda telefônica.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Estou sem Internet. Problemas na conexão. Ou no modem? Ou no computador? Tá difícil postar.
***
Diálogo:
- E aí, Pink? - faço um afago na cadelinha cujo nome é uma homenagem à estrela do último BBB.
- Sabe que esta bichinha, eu achei que ela ia se aquietar com a idade, mas continua danada, GIOVANI.
O grifo não é meu. É da dona do estacionamento mesmo. Como ela gosta de enfatizar meu nome, assim como quem se gaba de tê-lo decorado! Impressionante.
***
Parece que ela já está recuperada do episódio do cheque. Depois de umas semaninhas nas quais o Giovani saía meio envergonhado, engasgado, da boca, minha amiga voltou à velha forma.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

(ainda sobre Suzy)

E o pior é que uma semana antes eu tinha ficado indignado com uma crônica da Martha Medeiros. A historinha era que ela parou na sinaleira e tinha uma moça chorando no carro ao lado e ela abriu o vidro e estabeleceu-se um papo emocionante. Algo como:
- Tu estás bem, posso te ajudar? - pergunta a colunista
- Não, precisa, vai passar - responde a "personagem", enxugando os olhos com as costas da mão e já esboçando um sorriso.
Enfim, uma historinha assim, comovente. E eu, que tenho um blógui pra abastecer, fiquei puto da vida porque essas coisas nunca aconteciam comigo. E com a desgraçada da Martha Medeiros, que tem uma coluna por semana, elas aconteciam bem na véspera de Natal. Com sorte assim, qualquer um poderia ser colunista.
Juro que foi isso que pensei...
É impossível achar cachorros em noites de Ano Novo

Esta coisa de Ano Novo ainda me deixa tenso. Seis da tarde e os caras, nervosos, sem saber o que fazer, pipocando foguetes a esmo – fico desnorteado. Para aliviar, dia 31, pouco antes das onze da noite, resolvi dar uma volta a pé pelas ruas de Tramandaí, pensar no sentido da vida.
O calcanhar para fora do chinelo encostando no paralelepípedo, só isso já me descarregaria. Mas ainda dava pra bisbilhotar cada uma das casas - de noite as ruas ficam escuras, e os lares, bem iluminados. As famílias, todas meio tristes, meio felizes, com seus dramas típicos e profundos, do tipo: será que esperamos a meia-noite para servir a ceia? Adoro isso!
Flanei livre pela praia, até ser interrompido por um casal. Portavam uma lanterna e estavam desesperados, o cara e a mocinha. Procuravam algo como se procura nos desenhos animados, de forma teatral, exagerada, absurda até. Perguntaram se eu não vira um cachorro, assim, tipo bege, uma foxezinha meio vira-lata, Suzy (por que diabos eu acho que é com “Y”?), bem velhinha. Respondi que os foguetes assustam os bichos e eu apostava que ela estava dentro do armário, como meu cachorro Platão costumava fazer. Mas eles não deram bola.
Continuei caminhando e a cada quadra vinha mais gente perguntar do cachorro - era mesmo um batalhão à caça de Suzy. Em frente à casa da fujona, uma menininha, uns 8 anos, chorava copiosamente junto a outras crianças. Tentei consolá-la, dizendo que enfim eu mesmo já tinha perdido dois cachorros, que eles normalmente são achados dias depois, que ela tivesse paciência. Nessa hora eu já havia me incorporado às buscas e também já tinha desistido delas, vocês sabem, é totalmente impossível achar um cão em noite de Ano Novo.
Triste com a fuga de Suzy, voltei para casa sem paciência para bisbilhotar lares. Caminhei, meio perdido (eu sempre me perco em Tramandaí), desolado. Foi então que, lá longe na esquina do armazém abandonado, distingui um bichinho. Corri, corri, corri, dobrei a quadra, e cheguei perto. Chamei: tstststststs, vem cá, tstststs, e o cãozinho veio. Com medo de ser mordido, peguei-o no colo. A cada foguete o pobrezinho tremia, e eu passava a mão no focinho, calma, calma, pronto, pronto. Suando de nervoso, voltei à casa da menininha chorona.
- Gente, se não for esta aqui, eu mato vocês – disse, inoportuno.
E a família veio abaixo, e as crianças se atiraram aos prantos em cima da cachorrinha, e as velhas vertiam lágrimas, e ninguém acreditava. Ficaram tão emocionados, que esqueceram até de me agradecer. Fiquei meio chateado, mas não tinha problema. Era quase meia-noite e eu voltei para casa feliz, me achando o anjo que saiu para fazer uma família feliz.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Teste. Ufa... achei que meu blógui tinha morrido. Sério.
***
P.S.: "Ufa" é o tipo de palavra que só se fala em desenho animado e historinha em quadrinhos, né? Mais ou menos como "ei", de "ei, amigo, venha cá".
Tenho uma boa história pra contar. Mas, como não ganho pra isso e nem tenho prazos e cumprir, vou deixar pra depois. Quando tiver a fim, ou um pouquinho mais inspirado.