Fui comer um assado de cordeiro na Barra hoje. Ida e volta 13 pilas de pedágio. São duas praças. A da Free-way, tu pagas por ter andado de Porto Alegre até Eldorado. Isso irritou a Rafa e eu lembrei que na Europa é diferente. Quando o cidadão entra numa estrada, tem uma praça de pedágio, onde ele deve retirar, de uma maquininha, um tiquetezinho que diz em que local ele entrou na rodovia. Depois, paga, em outra praça, só por quanto rodou. Em Portugal, quem prefere, pode pagar um fixo e aí passa direto pela faixa verde, onde não tem máquina de tíquete nem homem cobrando.
Rodovia Lisboa - Porto. Praça de pagamento de pedágio.
Sebastião - Amigo, desculpa, mas eu não sabia como a coisa funcionava. Olha aqui (mostrei uns mapas): estou todo atrapalhado. Não sou daqui. No Brasil não tem este troço de tíquete e, quando eu me dei conta, já não dava pra voltar. Eu entrei em Lisboa. Quanto é ?
Cara do pedágio - 44 euros.
S - Mas este não é o preço para quem entra em Lisboa...
CDP - Não, tens de pagar como se tivesse rodado por toda a estrada.
S - Mas tu não entendes que eu não fiz por mal. Estou sendo honesto, podia ter passado pela faixa verde, quero pagar, mas só pelo que andei.
CDP - Percebo que não percebeste, mas não posso fazer nada.
S - Chama o gerente, vamos dar um jeito nisso. Não vês que não dava para eu voltar para pegar o tíquete ?
FDP - Eu percebo, mas não posso fazer nada.
S - (vontade de chorar, cotovelos na direção, cabeça baixa apoiada na mão, raiva) Não, tu não percebes porra nenhuma. (gritando) Não tenho dinheiro. (desligando o carro) Vou ficar aqui.
FDP - Não podes.
S - Então vamos fazer assim: tu finges que eu passei pela faixa verde.
FDP - Mas não foi isso que aconteceu.
S - Mas finge que foi.
FDP - Não foi.
Arranquei o carro. Soou um alarme muito alto. Meti 160. Um minuto depois, um carro com flaslhight se aproximou. Tomei um cagaço, mas era só uma ambulância. Logo adiante, saí da estrada na primeira vicinal que apareceu, fui até a cidade de Óbido pelos caminhos internos. Dormi lá. No outro dia, voltei a utilizar as estradas periféricas, cheguei em Porto, entreguei o carro, e não deu nada. Mas que o sistema de tíquete é mais justo, isso é.
sábado, março 20, 2004
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