domingo, dezembro 04, 2005

Uma da manhã, estamos chegando de uma agradável noite no Temari (aliás, o melhor japa da cidade). Largamos o carro no estacionamento e é impossível não ouvir o inhé inhé dos balanços da praça ao lado. Surpreendentemente, a Rafaela aceita o convite de espiar quem brinca em tão avançada hora. Em meio à grama seca, alheio ao movimento da Nilópolis, um casal diverte-se no brinquedo. Aos poucos, entendemos que em frente aos dois há uma cadeira de rodas. Me corre um frio na espinha, me vejo dentro de um filme, um Mar Adentro da vida.
Sim, eu devia ter sido contaminado pela alegria dos amantes. Mas não consegui evitar: levei uma paulada de tristeza.

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