quinta-feira, outubro 26, 2006

Um exemplo da guerrilha eleitoral petista: a mãe de uma amiga não vai mais votar na Yeda porque "diz que ela vai acabar com o 13º salário".

quarta-feira, outubro 25, 2006


Isto não é um convite. É uma convocação. Segunda, dia 30, 19h30, todos na "Feira do Livro" para o lançamento de "71 segundos", do Luiz Zini Pires. O assunto - a Batalha dos Aflitos - é bom, o autor é bom, o resultado só pode ser bom também. Gremistas: pintemos a praça de azul.

terça-feira, outubro 24, 2006

O telefone tocou. Atendi. Da parte de Andrea Santana. Os mais antigos devem lembrar, ela já freqüentou este blógui. O rapaz participou-me que a cabeleireira havia se mudado (aliás, notícia antecipada pelo Blógui do Tião há bastante tempo). Saiu do Sexton e instalou-se na Padre Chagas, 346. Pensei: "bom, agora que ela livrou-se do jugo do explorador, pode cobrar mais barato". Liguei para perguntar o preço e, quem sabe, marcar hora. Uma moça informou: R$ 53, o corte masculino. Desisti. Ah, Andrea, não muda esta Andrea...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Está certo que eu sou descoordenado. Que passei a infância entre neurologistas, psicopedagogos e psiquiatras. Que joguei bola minha vida inteira e nunca deixei de ser perna-de-pau. Mas passar os dias inteiros tendo de escrever e até hoje não ter aprendido a digitar sem olhar para o teclado é absolutamente frustrante.
Acabei de lanchar um pastel de forno recheado com brócolis. Fiquei com uma vontade de arrematar com uma fatia de Marta Rocha. Maldita dieta!!!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Estou há uma hora vendo o programa Rei Majestade do SBT. É uma competição entre os mais decadentes artistas nacionais. O cenário é bizarro, a voz bizarra do Lombardi narra textos bizarros, o Silvio Santos é bizarro e agora o Byafra (voar, voar, voaaaar...) está se apresentando. Que oculta força do Universo me faz permanecer em frente à TV?

Já são vencedores (com direito a música no disco do SBT) Vanusa, Katia (a ceguinha), Marcos Sabino e Adilson Ramos (interpretou "quando Deus te desenhou").

De saco pra mala. O melhor da pastilha Valda era a latinha. Hoje, ela não existe mais, e a pastilha vem em embalagens de cigarro! Quando eu era criança não vestia roupas da Speedo porque pensava que eram do cigarro Óliú. E, quando eu era criança também, achava que aquele jingle da Valda no Silvio Santos era: "Mastiga as fralda, mastiga as fralda..."

De mala pra mochila. Parei em uma esquina. O outdoor dizia: "tire o dedo do nariz: tem gente olhando. A Printpress cuida da sua imagem" (ou coisa assim). E eu tirei o dedo do nariz.

domingo, outubro 15, 2006


Mais algumas de Buenos Aires, antes que eu me esqueça.
1) Em Buenos Aires, todo mundo que é legal tem walk-talk. Digo, Nextel. Aliás, já tinha reparado isso no Rio também. As pessoinhas acham muito legal ficar falando pelo rádio. Como a conta não aumentar com essas conversações, os bate-papos são incontáveis e/ou intermináveis. Um saco, na verdade. Nessas horas, até agradeço por viver na província.
2) Entre numa loja, em qualquer loja, de Buenos Aires. Você sairá cheio de hematomas. Os atendentes te tratam a tapas e pontapés. Te tratam tão mal no comércio bonairense quanto te tratam bem no paulistano. Nos restaurantes, a coisa é um pouquinho melhor. Um pouquinho.
3) Está certo, Buenos Aires já não tem (quase) nada do glamour que já teve. Mas convenhamos: até que seria uma cidade legal para se morar.
4) Perguntei para um passeador de cães quanto ele ganhava pela tarefa. Ele, que já está há tempos no mercado, cobra mais ou menos R$ 4 por mais ou menos uma hora e meia de passeio. O cara ainda denunciou que muitos passeadores não cumprem sua tarefa a contento. Em vez de caminharem e caminharem pelos parques para que os cachorros extravasem aquela energia que têm dentro de si (não o fazendo nos apartamentos), deixam-nos atados, parados, no cantão de uma praça escondida. Então, o passeador me contou onde é essa praça. E eu, passando de trem pelo local indicado por meu infoirmante, pude constatar a picaretagem. Dezenas, centenas de cães atados ao sol enquanto seus passeadores tomavam uma sombra.
5)Pra mim, navegar pelo Delta do Tigre é o passeio mais bacana que há em Buenos Aires. Mais sobre em cafeconmedialunas. Só deixo aqui uma dica. Em vez de pegar um barco turístico destes, com direito a guia mala e tudo, pegue uma lancha-taxi no centro do Tigre (onde tem a cidadezinha bonitinha, e não no porto de frutos). A partir de cinco pessoas vale a pena inclusive economicamente. Dá para arrebanhar companheiros no Trem da Costa, que leva até o Delta.
6) Os cães aí em cima são da raça Airdale. Amos essa raça. Eles são na verdade barbosas gigantes. Se bem que um deles tá mais para Bob Marley do que para qualquer coisa. Falando em Barbosa, ele está passando uma temporada na fazenda. Talvez não volte mais. Minha família já não consegue segurar a barra de um cão louco e violento. Por mais mimoso que ele seja.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Não vi nenhum programa eleitoral no primeiro turno. Fiquei afastado da televisão e do rádio. No dia da apuração, entretanto, me grudei no rádio, na TV e na Internet - ao mesmo tempo. Desde então, acompanhar os passos dos candidatos tem sido uma obcessão (obscenidade?), um vício maligno. Começa o horário eleitoral e corro para a frente da televisão.
Enfim, voltei ao normal. A verdade é que sempre gostei de eleição e, cada vez que entro em crise profissional, me vem à cabeça trabalhar em marketing político. De forma que é sem dor que faço breves comentários sobre os programas da Yeda e do Olívio.
- A propaganda do Olívio dá de 20 a zero na da Yeda. Estes caras que fazem a campanha do PT são craques. E os da Yeda, pobres. Um exemplo, apenas: no dia da criança, o PT fez um videozinho bonitinho cheinho de criancinhas, enquanto a Yeda começou direto com o carão do Czamansky - nada contra, gosto muito dele, é um jornalista competente e, o mais importante, gente fina pacas - e começou a falar de coisas tão objetivas quanto saúde, educação e segurança.
- Aliás, incrível como os marketeiros da Yeda conseguiram abixalhar o Czamansky - aquele batom, aquela voz suave, sei não... Agora sério: incrível mesmo é como os marketeiros do Olívio conseguiram abixalhar o Olívio. Ele tá muito bem na TV. Ponderado, interpretando bem o texto, lendo o teleprompter feito Wiliam Boner e, impressionante, sem falar nenhuma vez espraiar, cidadania, integrado e integrador...
- A Yeda demorou para responder as acusações do PT sobre a privatização do Banrisul. Na verdade, subestima a capacidade da militância adversária de criar verdades. O marketing de guerrilha do PT, batendo sempre na mesma tecla, já derrubou o Britto duas vezes e é capaz de mexer com uma eleição. Tomem nota: o bigode vai crescer e pode até assustar. Só não se elege porque se desgastou muito quando foi governador e por causa do Lula.

segunda-feira, outubro 09, 2006


Sebastião Ribeiro em pazes com a gata Elza Briseida

terça-feira, outubro 03, 2006

E o Rigotto, hein? Disse que vai ficar de fora do segundo turno. Caramba, nem uma fotinho, uma entrevista, ao lado da Yeda? Foi justamente por causa desse seu estilo, de ficar em cima do muro sempre, de evitar qualquer tipo de embate, que ele foi rechaçado pelas urnas, que deixou seus votos escorrerem assim tão fácil para o ralo da adversária. Ou alguém aí tem dúvida de que, se ele fosse um candidato mais presente, mais tenaz, se tivesse apertado mais mãos, teria ido para o segundo turno?
Já não tenho absolutamente nenhuma dúvida de que o fator "votar na Yeda (e não no Rigotto) para tirar o Olívio do segundo turno" foi disparado o que mais pesou para o resultado da eleição estadual. É impressionante o número de pessoas que me relataram ter feito isso e, inclusive, se dizem tristemente arrependidas.
Me disseram que eu peguei pesado com a Yeda. Talvez, né? Bruxa mejera com quem eu não deixaria meus filhos. Acho que vou ver os programas eleitorais dela colado à tela da TV. Afinal, de perto todo ser humano é fascinante. Espero, porque tenho de encontrar urgente alguma simpatia nela. Afinal, não posso votar no Bigode.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Quando percebi, atônito, a derrota do Rigotto, me veio à cabeça, não sei por que, aquele embate com o Garotinho, quando ele festejou vitória, mas, no último minuto, descobriu que não sabia das regras da prévia e terminou derrotado.

O feitiço virou contra o feiticeiro. Há quatro anos, Rigotto foi catapultado ao segundo turno por uma onda inesperada de votos que veio, não se sabe bem de onde nem como, nos últimos dias. A mesma na qual Yeda surfou agora. Em 2002, quando as pessoas começaram a perceber que Rigotto tinha capacidade de crescer a ponto de passar o Britto e bater o Olívio, migraram em massa para ele. Desta vez, perceberam, aos 45 do segundo, que a Yeda podia bater o Olívio e migraram, em massa, para ela.

Acho, sim, que foi a perspectiva de que a Yeda derrotasse o Olívio a responsável pelo resultado inesperado. Se todos que fizeram esse "voto útil" não o tivessem feito, Rigotto estaria no segundo turno. Embora isso possa não explicar todo o fenômeno, pelo menos 15 mil votinhos explica. É o que Rigotto precisava para estar no segundo turno.

De todo modo, essa migração geral de votos de Rigotto para Yeda só ocorreu porque o voto no atual governador não era um voto de convicção. E se isso não ocorria era porque o próprio Rigotto não é uma pessoa de convicções. Como disse um amigo hoje, ele sempre pareceu flutuar nos ventos da sorte. Nunca tomou posições fortes, sempre escorregou para lá e para cá, fez um governo sem graça e sem força. Foi vítima de si mesmo.

Gosto muito do Rigotto como pessoa. Parece um cara sério, o governador mais simpático e querido que o Rio Grande do Sul já teve. A Yeda é o oposto de tudo isso. Me causa repulsa, ojeriza. Jamais deixaria um filho meu com ela. Mas quem sabe não é de uma bruxa mejera que o Rio Grande precisa. Ao menos muitas de suas idéias não me desagradam.

Para finalizar: o Brasil merecia um segundo turno.

domingo, outubro 01, 2006

IBOPE/GLOBO MENTEM
Pesquisa de boca-de-urna divulgada pelo Ibope na noite deste domingo aponta que o governador Germano Rigotto (PMDB) lidera com 34,56% dos votos válidos. Mas é seguido de perto pelo ex-governador Olívio Dutra (PT), que tem 34,04%. A tucana Yeda Crusius (PSDB) aparece com 23,40%% e Francisco Turra (PP), com 3,72%%. Os demais candidatos somam 4,27%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela Rede Globo e foi registrada no TRE-RS.