segunda-feira, junho 10, 2019

Breve Inventário Mnêmico dos meus Colegas de Cultural

Devo ter entrado lá com uns 10 anos. E só saí com uns 17. Mais ou menos umas 450 aulas, em conta de bar... O diálogo da primeira, nunca esqueci. 
- Whats your name?
- My name is Julia. Julia Burns.
- Hello, Julia, I'm ___________. Nice to meet you.
- Nice to meet you too.
Foi minha dinda que me levou à primeira aula. Pra me ensinar a andar de lotação. Depois, ia sozinho, me achando homenzinho. Outros tempos... (quando eu tinha seis anos de idade, um psiquiatra xingou minha mãe porque não me deixava dar a volta na quadra desacompanhado).
De tantos anos de Cultural - na Riachuelo e em Petrópolis - guardo um diploma perdido numa gaveta, um inglês de me virar por aí e memórias rotas. Devo ter tido uns 200 colegas. E consigo recordar de menos de 10 nomes, além de informações e imagens perdidas na mente, sem nenhuma garantia de correspondência com a realidade. 
É nestas que me apego para iniciar este breve Inventário Mnêmico de Meus Colegas de Cultural, os quais 'lembro' com muito carinho.

Abrão
Era chinês. Quer dizer, taiwanês. Quer dizer, não sei. Com certeza, asiático. Mas se chamava Abrão. E tinha um irmão. Estudava no Rosário. Sempre que pergunto pra um rosariense se o conheceu, respondem que não faz sentido o cara ser taiwanês e se chamar Abrão.

Ananias
Não era esse o nome, mas assim o chamávamos. Referência a um personagem dos trapalhões, anãozinho. Ananias era baixinho. E inteligente - campeão de xadrez do colégio Rosário. Dedicava-se mais que qualquer colega ao inglês. Já nasceu com o sonho de se tornar diplomata. Espero que tenha conseguido.

"SRG"
Deste não lembro o nome. Talvez fosse Rafael. Vamos chamá-lo de Super Raça Gremista - porque era apaixonado integrante da organizada. Vivia fardado com a camiseta da torcida. Tinha cabelos longos e loiros. Última vez que o vi foi há quase 20 anos, no Rocky Point de Atlântida. Grande papo.

"Irmãos Wright"
Aos 14 anos, já eram aviadores. Ou queriam ser. Viviam no circuito do Aeroclube de Porto Alegre. Eram bonitos. Educados. E irmãos. Pensando bem, não sei se eram um ou dois. Se efetivamente eram dois, o mais velho era mais camarada. Espero que tenha(m) se tornado piloto(s).

Aretusa
Desta lembro mais do nome do que da pessoa. Mas era loira. Bem loira. Oxigenada, talvez. Tinha um corpanzil. Deve ter botado peito antes das outras meninas. Eu e um colega gostávamos de se referir a ela como "Aertuuuuudo a ver". Era sonoro.

Juliana Ribeiro
Tida como metida e antipática em alguns círculos torrenses, era um mimo em sala de aula. Doce de pessoa e risonha. Fez comigo English Through Pop Music. My name is Lucca. I live on the second floor. How can we dance when our earth is turning? Linda de dar inveja nas inimigas. É das poucas que ainda acompanho no Face e com quem cruzo vez que outra. Segue linda e é dona de uma confecção de moda em couro.

Jorja
Grande nome! Esta também era bonita Porém, um pouco mais miúda. Não era muito da zoeira. Mas como só lembro de pessoas boas, devia ser uma boa pessoa. A última vez que a encontrei foi há uns 10 anos no Country Club. Acho que a reconheceria hoje. Se ela sorrisse, sim, que tinha belos dentes. 

PG
Este era filho de juiz. Desembargador, até, talvez. Ou então, promotor. Procurador, quem sabe. Enfim, gente importante da Justiça. Morava nos altos da Duque, em um baita apê antigo e com vista para o Guaíba. Fizemos um trabalho de grupo na casa dele, mas isso não faz sentido, porque não havia tema de casa no Cultural... Quanto mais em grupo. Creio que se parecia com o Paulo Germano da ZH, por isso o identifico assim agora. 

Rodrigo Lorenzoni
Também conhecido como Urninha. Meu grande amigo de infância e até os dias de hoje. Vivemos grandes momentos no Aplicação, no Ribs ou no Cord, mas não lembro de nenhum no Cultural. Só tenho a impressão de que foi meu colega por um semestre, talvez no da Aretusa, embora isso não faça muito sentido. É veterinário, empreendedor e foi presidente do CRMV. 

Marcos
Ruivo flamejante, tinha cabelos lisos e em formato de cogumelo. Morava na Almirante de Abreu, bem pertinho da minha casa. Devia ir de lotação Rio Branco também. Nos cruzávamos seguidamente. Tinha um cão Akita. Akitas não são muito afetivos. 

Espero lembrar de outros com o tempo... E ir editando o post. Se quiser marcar colegas que fizeram Cultura, use os comentários :)
 

 
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Sebastião Ribeiro
Diretor

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