sexta-feira, novembro 30, 2007
lá. O sujeito será testemunha de eventos históricos. O Corinthians,
dono da segunda maior torcida brasileira, um dos clubes mais poderosos
do país, um clube odiado por muitos em razão do poderio econômico de
outrora, um dos dois clubes favoritos da Rede Globo, o time que conta
com a adoração do Presidente da República, o mais popular presidente
desde Getúlio Vargas, pode cair para a segunda divisão do Campeonato
Brasileiro, contrariando tudo o que sempre se disse sobre a
possibilidade de rebaixamento de alguns clubes de grande popularidade.
Ali, na sua frente, esfaqueado feito Júlio César, morrendo em razão do
excesso de ambição e poder praticado nos últimos anos.
Mas o Corinthians pode se salvar do rebaixamento se contar com a ajuda
do Internacional, justo o Internacional, o rival do anfitrião do palco
do drama, o maior prejudicado numa série de decisões questionáveis da
Justiça Desportiva e do juiz Márcio Resende de Freitas em 2005, quando
o Corinthians foi campeão brasileiro, assim mesmo, em minúsculas.
Ganhando em Goiânia, onde frequentemente é goleado, o Inter pode
acabar com o drama corintiano. E, no Olímpico, onde a fanática torcida
alvinegra certamente estará em peso, o porto-alegrense pode ser
testemunha de um dos maiores alívios coletivos que se tem notícia.
Para completar a tarde, o cidadão que se dirigir ao estádio tricolor
poderá assistir à classificação do anfitrião à Copa Libertadores da
América de 2008, caso uma séria de resultados absolutamente
improváveis aconteçam. Corrijo-me: resultados incrivelmente
improváveis, praticametne inverossímeis. No Mineirão, o Cruzeiro
precisa fazer a façanha, talvez a maior façanha da história da
Civilização Ocidental, que é deixar de ganhar do América do Rio Grande
do Norte, o pior time da história dos campeonatos brasileiros desta ou
de qualquer outra época. Em 37 rodadas, o América fez 17 pontos, teve
28 derrotas, tem o pior ataque, a pior defesa, um saldo de gols
inacreditável: - 54. Pois esse América vai jogar com os RESERVAS. O
América está jogando a Copa RN e pode chegar às finais deste
campeonato. Por isso, poupará os titulares caso passe à final. Cabe
lembrar que o Cruzeiro tem o melhor ataque do Brasileirão com uma
saudável, rechonchuda vantagem de seis gols frente ao segundo melhor
ataque.
Se o Cruzeiro conseguir deixar de ganhar do América e perder a vaga
para a Libertadores, o Grêmio pode ir à competição ganhando do
Corinthians (e contando com um tropeço do Palmeiras no Parque
Antártica). E, neste caso, neste IMPROVÁVEL caso, algo absolutamente
mágico pode acontecer no Olímpico: o tricolor vai à Libertadores sendo
beneficiado da maior AMARELADA da História do Esporte Mundial (neste
ou em outros planetas), o que certamente encherá o estádio de choro,
risos e incredulidade, e o Corinthians poderá cair caso o Inter perca
em Goiana para o sofrível Goiás. Duas torcidas no mesmo estádio
vivendo as mais distintas das sensações simultaneamente, ao vivo, à
cores e em estéreo. Telúrico.
Permitam-me dar o serviço desta que poderá ser a mais absurda de todas
as partidas de futebol jamais jogadas.
Ingressos
Arquibancada Estudante - R$ 15,00
Arquibancada - R$ 30,00
Cadeira Lateral - R$ 40,00
Cadeira Central - R$ 50,00
Visitante - R$ 40,00 cadeira lateral - acesso pelo portão 17. São
3.300 bilhetes a disposição da torcida corinthiana.
Sócio Torcedor (Central, Lateral e Arquibancada) - 50% do ingresso
Estatuto do Idoso - 50% do ingresso
Arbitragem
Alício Pena Júnior (MG-FIFA)
Assistentes
Aristeu Leonardo Tavares (RJ-FIFA)
Alessandro Rocha (BA-FIFA)
MUITO IMPORTANTE: leve um radinho de pilhas, com baterias extras.
E divirta-se no meu lugar. Estarei trabalhando no plantão do jornal.
sexta-feira, novembro 23, 2007
terça-feira, novembro 20, 2007
segunda-feira, novembro 19, 2007
domingo, novembro 18, 2007
"mas não sei nada de celebridade, só por acaso que fui tentar descobrir quem era maria ribeiro, só porque ela tem o nome da minha irmã, na verdade ela é atriz e desde hoje mulher do caio blat, e então eu descobri um site de celebrities´pra ver isso e também o blog da julia petit, uma socialite filha daquele publicitario famoso, o francesc petit, e uma vez eu tinha lido uma matéria que falava dela na piaui, era uma matéria sobre uma balada classe a em sampa, na qual a julia petit era vip, ela é sempre vip, mas queria ver se ela tinha algo na cabeça e então visitei a coluna/blog dela, mas, pobre, ela não tem talento, e eu achei que ela poderia ter, porque o pai dela é talentoso, mas não, a pobre"
sexta-feira, novembro 16, 2007
Me encantam as notícias sobre a monarquia, especialmente a inglesa. Cada vez que leio algo sobre o tema tenho vontade de saber mais. Se nunca me detive no assunto, por preguiça ou ter mais o que fazer, ao menos entendo por que os tablóides britânicos vendem tanto.
Estava lendo agora uma matéria sobre as bodas de diamante da Rainha Elizabeth II. Depois de 28 anos de vida, finalmente descobri, em uma tacada só, que:
1) Elizabeth II tem um marido.
2) Duque de Edimburgo é o marido de Elizabeth II.
3) Elizabeth II chama-se Isabel.
4) O duque de Edimburgo chama-se Felipe Mountbatten.
5) Os dois se casaram em 20 de novembro de 1947.
terça-feira, novembro 13, 2007
segunda-feira, novembro 12, 2007
sexta-feira, novembro 09, 2007
Na semana em que postei no blógui reflexões sobre publicidade, quis o destino que fizesse uma imersão forçada no mundo dos publicitários. Fui escalado para a cobertura jornalística do Salão e do Jantar da Propaganda – para usar um lugar comum, o Oscar do setor. Não gostei do que vi.
Quarta-feira foi a vez do Salão, que premia peças publicitárias. A função foi no GNC Moinhos, um coquetel antes e as duas salas de cinema lotadas para conhecer os ganhadores. Fiquei absolutamente constrangido ao chegar no local. Aquela mesma vergonha que a gente tem quando vê um ator ruim em um filme eu senti vendo tanta gente assumindo o estereótipo do publicitário – tênis All Star, calça rasgada, camisa pra fora, cabelo metodicamente bagunçado. Especialmente entre os mais jovens, a necessidade de pertencer à tribo leva a um visual absolutamente ridículo quando visto no conjunto. Nesse quesito, nós, jornalistas, os mentirosos, pagamos menos mico.
Ontem, no Juvenil, o impacto não foi tão grande. Não sei se por que já havia me acostumado no dia anterior ou se por que boa parte do público estava de terno e gravata ou com um visual mais comportado. Exceção ao tal Miltinho Talavera, boné, camisa verde jogada no corpo, shorts socado no rabo – mas isso é folclore, não dá vergonha como a moçadinha transada.
De todo modo, tudo isso são detalhes, sentimentos pessoais, talvez até preconceito ou inveja de quem nunca conseguiu pertencer a um grupo ou assumir uma identidade coletiva – no meu colégio, fui o único que não usou camiseta de banda nem cabelo comprido. O que não é preconceito, nem inveja, nem brincadeira é o clima que senti na premiação dos melhores profissionais, no Jantar.
Coisa triste, deplorável, a rixa que existe entre colegas de agências diferentes. A concorrência, que devia existir só entre donos de agência e mesmo assim ficar apenas no plano profissional, toma conta da ralé. As turmas da Escala e da DCS travaram um duelo que ultrapassa a barreira do saudável. Quando um prêmio saía para a agência rival – e esta é a palavra certa aqui -, batia uma tristeza do outro lado. Na cara de alguns, a raiva era evidente. O povo de um lado não batia palma para os vencedores do outro. Até algumas vaias foram ensaiadas.
É compreensível que, em um mercado disputado, a relação entre os donos de agência sofra com episódios como o desta semana, quando a Colombo deixou a DCS e levou de volta sua conta de R$ 50 milhões para a Escala. É inconcebível que qualquer tipo de disputa empresarial extravase para os profissionais das agências, especialmente para o baixo clero. De maneira geral, os publicitários não só vestem a camisa da própria empresa como passam a detestar a da concorrente. Acaso não se dão conta que o concorrente de hoje pode ser o patrão de amanhã? Que o publicitário que está na outra agência é nada menos do que um colega (você aí parado, também é explorado)?
Entender isso é tão difícil quanto me imaginar com bronca do repórter do Correio, da Record, do Sul, da Band. Talvez meus amigos publicitários – e são um bocado – se choquem com o que vou contar, mas nós, jornalistas, costumamos nos ajudar em pautas e nos damos o direito de gostarmos muito dos colegas da concorrência.
Para encerrar, uma historinha. A premiação tinha terminado, eu estava passando os nomes dos vencedores à redação e me bateu uma dúvida quanto a um deles. Fui em direção ao povo da DCS, agência à qual pertencia a premiada que me deixara em dúvida. Abordei um rapaz.
- Com licença. Cara tu por acaso é da DCS?
- Qual é a tua meu? Sai fora, sou da Paim – disse, prestes a bater em mim.
- Ahn, desculpa, valeu.
terça-feira, novembro 06, 2007
sexta-feira, novembro 02, 2007
Mas a frase ficou. Na hora de me inscrever para o vestibular, lembrei dela. Às vezes estou escrevendo uma matéria e lembro dela. Posso mesmo dizer que é por causa dela que vivo hoje a mentir. Talvez não mentir da maneira como vocês gostariam que fosse – a imagem do executivo da multinacional que liga pro Nelson Sirotsky, que liga para o Marcelo Rech, que liga para minha chefe, que me manda escrever o que o executivo da multinacional mandou. Não, amigos, infelizmente as coisas não são assim tão divertidas na redação. A mentira a que eu me refiro é mais profunda. É a mentira do jornalismo em si, o fingimento intrínseco à profissão, ou ao menos ao modo como a exercemos hoje. Escondidos atrás de fórmulas prontas, fingimos que entendemos dos assuntos sobre os quais escrevemos e que estamos falando A VERDADE sobre eles. Do outro lado, o leitor finge que acredita em tudo. E somos todos felizes para sempre.
Ao menos o publicitário é um mentiroso mais honesto. Ele mente, mas admite que mente. Fala a verdade, portanto. Trabalha para vender produtos, associar a eles conceitos que não fazem parte da coisa em si. Mas ninguém finge que acredita no publicitário. A gente sabe que se usar o desodorante Axe não vai sair pegando mulher como na propaganda, estamos avisados de que o comercial é uma mentira mesmo.
Tem vezes que me pergunto: e se eu tivesse sido publicitário? Bom, estaria ganhando um pouco mais, claro. Mas em noites como a de hoje tenho certeza de que jamais seria um bom publicitário. Por volta das 23h, cheguei em casa. Eu, que nunca vejo TV, assisti de uma tacada só, em estado letárgico, Pânico (prazer, Pânico; prazer, Sebastião), uma comédia universitária inteira e meio filme enlatado de vampiro, sem contar as zapeadas. Saí da frente da TV quatro horas depois e vim direto para o computador, onde entrei no Orkut, descobri no Terra que a Sheila Mello está de fora do Carnaval e naveguei mais um pouquinho. Estou nauseado de tanta programação popular – coisas nas quais publicitários têm de ficar ligados o tempo todo, como o desenrolar da novela das oito ou do BBB 22.
Tudo isso para dizer que, depois dessa bateria de junkie entertainment, concluí cá com meus botões (e não haveria de ser com os dos outros): prefiro viver a mentir do que ter de me interessar pelas coisas que as pessoas se interessam.
quinta-feira, novembro 01, 2007
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